Após 8 anos desde a última visita ao Brasil, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, desembarcou em Brasília, neste domingo(28), para participar da reunião de líderes sul-americanos convocada pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. O momento da chegada de Maduro foi transmitido ao vido pela TV estatal venezuelana, que considera a visita "histórica".
"Visita histórica ao gigante sul-americana. A última foi em 2015 quando assistiu à posse da ex-presidente Dilma Rousseff. Há muita expectativa em relação à visita e ao encontro com o Lula, amigo do povo venezuelano e companheiro de luta junto com o comandante Hugo Chávez".
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O líder venezuelano deverá encontrar-se nesta segunda, no Palácio do Planalto, com o presidente Lula. Na terça (30), um grupo de 11 presidentes da América do Sul se reúne no Palácio do Itamaraty para discutir a integração regional.
REAPROXIMAÇÃO
A visita de Nicolás Maduro ao Brasil faz parte do movimento de reaproximação entre os dois vizinhos depois de anos .Durante o governo de Michel Temer, as relações ficaram estremecidas, mas na era Bolsonaro houve rompimento. O presidente brasileiro de extrema direita reconhecia como governo da Venezuela o autoproclamado Juan Guaidó, fantoche dos EUA, que enviou ao Brasil a advogada María Teresa Belandria Expósito para representar o país.
Bolsonaro chegou a editar uma portaria proibindo o ingresso do líder venezuelano e de outras autoridades venezuelanas ao Brasil. A medida foi revertida em 30 de dezembro de 2022, pouco antes da posse do presidente Lula.
Em março, o assessor especial da Presidência e ex-chanceler, Celso Amorim, foi a Caracas e se reuniu com o governo Maduro, num primeiro movimento para normalizar as relações entre os dois países.
Na última quarta-feira (24), o presidente Lula recebeu as credenciais do novo embaixador do regime de Nicolas Maduro, da Venezuela, no Brasil. Manuel Vicente Vadell Aquino.
REUNIÃO DE LÍDERES SUL-AMERICANOS
Com exceção da peruana Dina Boluarte, que tem uma vedação constitucional para sair do país, todos os demais chefes de Estado da América do Sul estarão em Brasília nesta semana. Entre eles o argentino Alberto Fernández, o chileno Gabriel Boric, o colombiano Gustavo Petro e o uruguaio Luis Lacalle Pou. O formato do encontro será bastante restrito. Apenas os presidentes, acompanhados dos respectivos chanceleres e mais dois assessores, vão dialogar em duas sessões fechadas no Palácio do Itamaraty.