Demitida da TV Globo há cerca de um mês, após 36 anos de casa, a repórter Giuliana Morrone fez uma descoberta bem desagradável. Durante dez anos foi vítima de um golpe. Ela contratou os serviços de uma corretora de seguros de veículos “fantasma”.
A jornalista usou as redes sociais, nesta quarta-feira (10), em um misto de desabafo e alerta. “Ela mandava boletos falsos, como se fossem da seguradora”, destacou.
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Giuliana afirmou que a golpista mantinha uma espécie de parceria para resolver pequenos incidentes com veículos que faziam parte do “seguro”. “Durante anos, ninguém precisou de seguro para algo mais grave, como furto ou acidente. Até que um dia, bateram no carro de uma prima e ela descobriu que nunca teve seguro”, apontou a jornalista.
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Giuliana, evidentemente, nunca desconfiou da farsa e alertou para a eficácia da golpista. “Trabalhava como freelancer e me orientava a não perder tempo com aplicativo ou telefonemas para a empresa de seguros. Em qualquer emergência, bastava mandar mensagem para ela, que resolvia tudo”.
“Bateram no meu carro e ela imediatamente tomou todas as providências. Aconselhada por ela, nem usei o seguro. A franquia era alta e eu não queria perder bônus com desconto na renovação. Era tão competente que acabei ficando mal-acostumada, cliente mimada”, relatou a repórter.
“Cheguei ao nome dela por indicação de um primo. Ele, por sua vez, soube dessa corretora por um grande amigo. E assim, de boca em boca, ela passou a providenciar seguros de carros de toda a família, a grande família… e de amigos, vizinhos, sempre gratos pela indicação”, lembrou.
Foi exatamente por meio desse primo que Giuliana tomou conhecimento do golpe: “Você não ficou sabendo? Durante anos, os clientes da Senhora Eficiência foram vítimas de golpe. A notícia foi se espalhando aos poucos, chegou hoje a mim. Cobrei agora da Senhora Eficiência a apólice de seguros e ela me bloqueou”, revelou ele.
Leia a íntegra da postagem de Giuliana Morrone:
“O golpe tá aí, cai quem quer.
Foi exatamente por isso que, por mais de 10 anos, renovei o seguro do carro, sempre com a mesma corretora.
Fidelidade, segurança, bons serviços prestados.
Cheguei ao nome dela por indicação de um primo. Ele, por sua vez, soube dessa corretora por um grande amigo. E assim, de boca em boca, ela passou a providenciar seguros de carros de toda a família, a grande família… e de amigos, vizinhos, sempre gratos pela indicação.
Ela deveria ter sido batizada com o nome de Eficiência.
Trabalhava como freelancer e me orientava a não perder tempo com aplicativo ou telefonemas para a empresa de seguros. Em qualquer emergência, bastava mandar mensagem para ela, que resolvia tudo.
Bateram no meu carro e ela imediatamente tomou todas as providências. Aconselhada por ela, nem usei o seguro. A franquia era alta e eu não queria perder bônus com desconto na renovação.
Era tão competente que acabei ficando mal-acostumada, cliente mimada.
Pneu furou? Eu a avisava e em minutos aparecia um motoboy para fazer a troca.
Mágico!
Moro na capital federal, pago IPVA de padrão europeu, mas o asfalto é todo esburacado. De vez em quando, passo por cima de uma dessas crateras no asfalto de Brasília e lá se vai o meu pneu.
Foi o que aconteceu há uma semana. Segui o protocolo, mandei mensagem, ela me respondeu imediatamente que já tinha aberto protocolo, mas uns ciclistas passaram por mim, resolveram me ajudar e dispensei o seguro.
Por acaso, me encontrei mais tarde com o primo e, mais uma vez, agradeci pela indicação.
Você não ficou sabendo?
Durante anos, os clientes da Senhora Eficiência foram vítimas de golpe.
Ela mandava boletos falsos, como se fossem da seguradora.
Senhora Eficiência tinha um esquema de motoboys que resolviam pequenos incidentes, como bateria descarregada, pneu furado.
Durante anos, ninguém precisou de seguro para algo mais grave, como furto ou acidente.
Até que um dia, bateram no carro de uma prima e ela descobriu que nunca teve seguro.
A notícia foi se espalhando aos poucos, chegou hoje a mim.
Cobrei agora da Senhora Eficiência a apólice de seguros e ela me bloqueou.
Cai o pano”.