O padre Adelir de Carli ficou famoso nacionalmente por ter sido vítima de uma tragédia. No dia 20 de abril de 2008, exatos 15 anos atrás, ele se aventurou em uma viagem sem volta. O religioso decolou de Paranaguá, no Paraná, para um voo de balões de gás hélio. Seu objetivo era chegar a Dourados, no Mato Grosso do Sul, 20 horas depois.
Preso em uma cadeira sustentada por 1.000 balões, o Padre do Balão, como ficou conhecido, iniciou seu projeto, que, infelizmente, acabou mal. Seus restos mortais foram encontrados quase três meses depois, no mar do Rio de Janeiro.
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O padre Adelir perdeu comunicação com a Polícia Militar durante a noite do mesmo dia 20. Antes disso, ele havia informado que as condições do clima estavam desfavoráveis e mencionou que tinha problemas com o GPS. O resultado foi um desvio de quase 180º de seu destino.
As investigações concluíram que o mau tempo levou o padre em direção ao mar. Adelir foi considerado desaparecido depois de meses de busca. Equipes da Marinha, da Aeronáutica e um grupo de bombeiros voluntários passaram um mês procurando o padre no litoral de Santa Catarina.
Somente no dia 4 de julho de 2008, os restos do corpo do padre foram encontrados no mar, perto da costa de Maricá, no Rio de Janeiro, por uma embarcação que prestava serviços à Petrobrás.
O Instituto de Pesquisa Genética Forense, responsável pelo exame de DNA, usou uma amostra de material do irmão do padre, Moacir de Carli, para comparar com os restos mortais encontrados. O resultado confirmou a identidade de Adelir.
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Quem era Adelir Antônio de Carli
O religioso nasceu em Ampére, no Paraná, em 8 de fevereiro de 1967. Em 2003, se tornou padre e assumiu a Paróquia de São Cristóvão, em Paranaguá, em 2004. No mesmo ano, criou a Pastoral Rodoviária, projeto de prestação de serviços a caminhoneiros que circulavam pela região.
Era um paraquedista experiente e tinha como objetivo, em sua aventura, chamar a atenção e levantar dinheiro para financiar as obras de uma espécie de hotel para caminhoneiros.