A Polícia Civil de Minas Gerais dá como esclarecido o macabro caso da mulher que foi sepultada viva, após ser torturada, no cemitério de Visconde do Rio Branco, na região da Zona da Mata, na noite do último domingo (26). Quando coveiros chegaram pela manhã de segunda (27) para trabalhar, eles escutaram os gemidos e balbucios da vítima, que estava num jazigo na parede, cimentado pelos criminosos.
Retirada do local por PMs e servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), acionados para prestar socorro, a vítima apresentava inúmeros ferimentos graves. Um braço e uma perna foram quebrados com muita violência pelos criminosos, a ponto de a mulher precisar de cirurgias para correções desses danos nos ossos. Ela apresentava também um sério traumatismo craniano, além de cortes profundos na cabeça e um importante quadro de desidratação, o que fez com que ela fosse imediatamente levada à UTI de um hospital da região.
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Segundo o delegado responsável pelo caso, Diego Candian Alves, a vítima teria guardado armas e drogas para dois bandidos da localidade, mas antes deles voltarem para reaver o material alguém os furtou do esconderijo. Na noite do domingo, quando ela estava em casa com o companheiro, numa área rural, a dupla de criminosos apareceu para se vingar em relação às armas e entorpecentes perdidos.
De acordo com o inquérito, o marido da mulher teve tempo de correr e sumir em meio à mata, mas ela foi alcançada e então teve início uma sessão de tortura. Completamente ensanguentada, com vários cortes e com os membros quebrados a pancadas, ela, que tem quatro filhos, foi levada ao cemitério e colocada dentro do túmulo, que depois foi fechado com cimento.
“A motivação seria vingança em relação a desacerto quanto a armas de fogo. Ela apontou dois suspeitos, os quais foram devidamente qualificados pela Polícia Civil. Neste momento, tanto a Polícia Civil quanto a Militar encontram-se à procura dos dois autores visando prendê-los em flagrante delito”, explicou o delegado Candian.
O Hospital São João Batista, onde a mulher permanece internada sob proteção policial, informou que a paciente já deixou a UTI e que recobrou os sentidos, estando lúcida e comunicativa. Agora os médicos tentam chegar a um diagnóstico fechado para suas fraturas de perna e braço, que muito provavelmente terão que ser corrigidas com intervenção cirúrgica.