O coach Thiago Schutz não gostou da sátira feita pela atriz Lívia La Gatto de um vídeo viralizado nas redes sociais no qual ele criticava uma mulher que teria oferecido uma cerveja enquanto ele bebia Campari.
Schutz ainda tentou consertar a fala misógina que virou piada:
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A atriz fez uma sátira que deixou o coach nervoso:
Ao ver a sátira de La Gatto, o coach fez ameaças à integridade física dela. A atriz divulgou um print da mensagem que Schutz a enviou nos stories de seu perfil no Instagram.
Schutz exigiu que a atriz e roteirista apague o vídeo em que o ironiza: "Você tem 24 horas para retirar seu conteúdo sobre mim. Depois disso processo ou bala. Você escolhe", disse em mensagem privada pelas redes sociais da atriz.
Depois das ameaças, La Gatto registrou boletim de ocorrência e bloqueou Schutz no Instagram.
A história que tem rendido bastante entre os internautas teve até uma reviravolta e apareceu um vídeo da mulher que teria oferecido cerveja para o coach:
Calvo do Campari
Outra mulher que também criticou Schutz foi a cantora Bruna Volpi. Ela conta em um vídeo que o coach a procurou pelas redes sociais.
Motivo de piada
La Gatto não foi a única a zoar do coach:
Crush magoado
As polêmicas não acabam por aí. Graças aos discursos misóginos do "calvo do Campari", os detetives da internet fuçaram a vida do moço para descobrir o motivo de tanta raiva das mulheres. Eis que descobriram que ele levou um toco de uma pretendente no reality O Crush Perfeito, da Netflix, de 2020. No programa, seis pessoas mostram como elas agem durante um encontro às cegas.
Quando o reality foi lançado, Thiago, que no programa usou o sobrenome Schoba, foi acusado de “roubar” um livro escrito por uma jovem. “Quando eu tinha 15 anos fui roubada por esse cara, que é dono dessa editora (Nova Editorial). Ele publicou meu livro, e além de não me mandar o lucro, não enviou a obra para as pessoas que compraram. Agora, ele tá em uma série da Netflix”, dizia o post.
Quem é Thiago Schutz
Autodenominado escritor, palestrante e apresentador, o coach ganhou notoriedade por discursos machistas e chega a cobrar até R$ 2.500 por uma consultoria. Ele integra o grupo "red pill", formado por homens misóginos que deturpam o conceito do filme Matrix (1999) .
Hoje, pílulas vermelhas e azuis, da trilogia Matrix, fazem parte do vocabulário da direita e da extrema-direita em todo o mundo. "Red pill" é termo onipresente em grupos masculinistas.
No filme, o protagonista Neo (vivido por Keanu Reeves) ganha duas pílulas e tem de escolher qual tomar: a azul, que permite seguir em um mundo de ilusões; ou a vermelha, para ganhar consciência sobre a realidade que o cerca.
No vocabulário masculinista, os "red pills" seriam homens que se opõem ao "sistema que favorece as mulheres", por terem alcançado um conhecimento privilegiado sobre isso. Já os "blue pills" continuariam vivendo em ilusão e, portanto, seriam usados pelas mulheres.
Entre pílulas de várias cores, um detalhe irônico: as duas diretoras de "Matrix", as irmãs Wachowski, são mulheres trans. Uma delas, Lilly, chegou a confrontar figuras públicas como Ivanka Trump, Elon Musk e até Abraham Weintraub pelo uso do termo "red pill" em apologia à extrema-direita.