Na manhã desta segunda-feira (14) um jovem de 17 anos foi preso em Monte Mor (SP) momentos antes de iniciar um ataque terrorista contra uma escola de sua cidade. Além de bombas caseiras, o rapaz portava uma machadinha e, em sua roupa, tinha um símbolo nazista.
Apesar do ataque ter sido frustrado pela polícia, ele conseguiu jogar duas bombas caseiras na parte traseira na Escola Estadual Professor Antonio Sproesser, onde também funciona a Escola Municipal Vista Alegre. O artefato atingiu o banheiro lateral da instituição.
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A mãe do adolescente concedeu uma entrevista ao UOL e afirmou que o seu filho "não tinha intenção de matar ninguém" e revela que acionou a polícia quando notou que o filho tinha saído de casa com o seu carro.
"Para mim, ele estava no banheiro, porque eu ouvi a porta fechar e fiquei tranquila. Daqui a pouco, ouvi o barulho do carro, saí correndo. Falei: 'para'. No que eu gritei para ele parar, ele já saiu arrancando o carro com tudo. Coisa que ele nunca fez, porque ele não conseguia tirar o carro da garagem", conta a mãe do jovem.
De acordo com a mãe do jovem, ele passou dois dias trancados no quarto antes de realizar o ataque e que mencionou que queria comprar gasolina para fazer um vídeo para o YouTube.
"Ele é medroso. Tem medo de tudo. Não saia para a rua para nada, de tanto medo que ele tinha. Nós até demos um cachorro para ele, para ver se ele conseguia sair de casa, porque ele queria um cachorro para se proteger", conta.
Além disso, a mãe do rapaz afirma que desconhecia o significado da suástica que o rapaz estava usando no braço e afirma que o seu filho não é nazista. "É meu menino, mas vamos pesquisar, não tem nada de mau, ninguém se machucou. Eu não sei o que aconteceu. Foi tudo por influência da internet. Ele estava falando com alguém. Eu creio que ele fez isso a mando de alguém, alguma conversa, mas assim, ninguém se machucou [...] Ele não é nazista. Eu creio que ele não é. Eu teria visto isso antes. Mas isso começou tem um mês, dois meses mais ou menos", defende.
Na manhã desta terça-feira (14) a polícia encontro um caderno com anotações diárias que faziam alusões nazistas e onde ele relatava sentimentos e se dizia excluído. Também foram apreendidos um notebook e o material utilizado para montar as bombas caseiras.