ACIDENTE FATAL

Saiba quem são as vítimas do acidente de lancha em Boipeba, na Bahia

Mário André Machado Cabral e Larissa Fanny Galantini Pires morreram após colisão de lanchas durante passeio

Mário André Machado Cabral e Larissa Fanny Galantini Pires foram vítimas de acidente em Boipeba, Bahia.Créditos: Reprodução/Redes Sociais
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Duas pessoas morreram após acidente de lancha na ilha de Boipeba, no litoral da Bahia, nesta sexta-feira (29). Na ocasião, duas embarcações colidiram e uma das lanchas afundou, causando a morte dos dois passageiros. 

De acordo com a investigação deste sábado (30), as vítimas eram Mário André Machado Cabral, de 34 anos, e Larissa Fanny Galantini Pires, de 35 anos. 

Mário André era natural de Maceió e morava em São Paulo. Ele estava a passeio por Boipeba.

Advogado formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e doutor em Direito Econômico pela Universidade de São Paulo (USP), ele se dedicou por 17 anos à vida acadêmica. Mário também tinha mestrado na Universidade de Nova York (NYU)

Atualmente, Cabral realizava uma pesquisa de pós-doutorado na Fundação Getulio Vargas (FGV), e havia sido selecionado para se tornar professor na instituição. Ele iria começar em fevereiro como docente de Direito dos Negócios.

A Faculdade de Direito da USP e a FGV lamentaram a morte de Cabral, ressaltando suas trajetórias nas instituições. 

Leyenda

A FGV publicou em nota de pesar: 

"Profissional dedicado ao Direito concorrencial e ao Direito dos negócios, teve uma marcante experiência docente e destacada trajetória na advocacia. Lembraremos sempre de sua inquietação intelectual, de sua vivacidade acadêmica e da gentileza de sua convivência. Nos solidarizamos ao dor de seus parentes e amigos".

Cabral deixa a mãe e o irmão.

Já Laryssa Galantini era natural de Goiás e atuava como bióloga, formada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), além de educadora e ativista ambiental na Chapada dos Veadeiros. 

Em 2016, ela foi eleita covereadora em mandato coletivo para a Câmara Municipal de Alto Paraíso de Goiás (GO) ao lado de outros quatro ativistas. 

Laryssa também atuava em diversos movimentos feministas e de preservação ambiental. O Instituto Biorregional do Cerrado lamentou a morte da bióloga e afirmou que ela era “uma linha ativista de frente, sempre disposta a lutar pelas causas difusas”.

Lary era jovem, vibrante, alegre, sorriso no rosto, cheio de energia, projetos e sonhos. Era conciliadora, executava muitas coisas, acreditava no poder da educação e política para transformar o mundo. Sua partida deixa um grande vazio no coração de seus amigos, familiares, do seu companheiro de vida João Yuji e de toda a família da Chapada dos Veadeiros.

O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros também prestou solidariedade. "Laryssa prestou grandes contribuições às pautas deste conselho e ao trabalho de educação ambiental na Chapada dos Veadeiros", publicou a instituição.