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Lula é alvo de deepfake usado por criminosos para aplicar golpes; veja como não cair

Estelionatários simularam imagem e voz de Lula para induzir as pessoas a fornecerem dados pessoais

Presidente Lula é alvo de deepfake.Créditos: Foto: Ricardo Stuckert
Escrito en BRASIL el

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se tornou alvo de uma deepfake que vem sendo utilizada por criminosos para aplicar golpes contra a população. 

Nos últimos dias, está circulando nas redes sociais um vídeo que simula a imagem e a voz de Lula para induzir as pessoas a entrarem em um site suspeito e fornecerem dados pessoais ou darem dinheiro. Trata-se de uma peça golpista que promete resgate de valores, através do Sistema de Valores a Receber (SVR), do Banco Central

Através de sites falsos, apps forjados e chatbots, os golpistas, utilizando a imagem de Lula gerada por inteligência artificial, pedem para que a população forneça dados sensíveis ou pague uma taxa indevida com a promessa de haverá resgate de valores, inclusive de compras com cartão de crédito. 

Em nota, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) esclareceu que o resgate de valores a receber só pode ser feito por meio de acesso ao site oficial do Banco Central, que é gratuito, e que só permite consultar valores deixados em contas bancárias a partir do CPF do titular. 

O governo ainda dá dicas para não cair no golpe

  • Todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos. NÃO faça qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores;
  • O Banco Central NÃO envia links NEM entra em contato com você para tratar sobre valores a receber ou para confirmar seus dados pessoais;
  • Somente a instituição que aparece no Sistema de Valores a Receber é que pode te contatar e ela NUNCA vai pedir sua senha;
  • NÃO clique em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram. 

Valores a receber

De acordo com o Banco Central, os brasileiros ainda têm R$ 7,5 bilhões disponíveis no Sistema de Valores a Receber.

A plataforma permite consultar se pessoas físicas, inclusive falecidas, e empresas têm algum dinheiro esquecido em banco, consórcio ou outra instituição. Segundo o BC, R$ 6 bilhões estão disponíveis para 40,6 milhões de CPFs, enquanto R$ 1,5 bilhão para 3 milhões de CNPJs.

Até o momento, já foram resgatados cerca R$ 5,3 bilhões dos mais de R$ 12 bilhões disponíveis.

Apesar da quantia total ser alta, mais da metade dos brasileiros (62,98%), têm só até R$10,00 para sacar. As quantias acima de R$1.000,00 pertencem a apenas 1,68% da população. Veja abaixo:

  • Entre R$ 0 e R$ 10 – 62,98%
  • Entre R$ 10,01 e R$ 100 – 25,71%
  • Entre R$ 100,01 e R$ 1.000 – 9,64%
  • Acima de R$ 1.000,01 – 1,68%

Como consultar

1 - Acesse o site  valoresareceber.bcb.gov.br com a sua conta Gov.br, nos níveis prata ou ouro, e informe os dados solicitados. 

Caso não possua conta com esses níveis, aumente o nível de segurança no site ou aplicativo gov.br

A orientação do BC é não deixar para criar a conta e/ou ajustar o nível no dia de agendar o resgate.

Para devolução via sistema do Banco Central, os valores são liberados apenas para aqueles que fornecerem uma chave PIX. Caso não tenha uma, será preciso entrar em contato com a instituição para combinar outra forma de pagamento. Também é possível criar uma chave e depois retornar ao sistema para fazer a solicitação.

2 - Leia e aceite os termos de responsabilidade.

3 - Verifique o valor a receber, a instituição que deve devolver o dinheiro e a origem (tipo) do valor a receber.

4 - Clique na opção indicada pelo sistema

“Solicitar por aqui”: para devolução do valor por Pix em até 12 dias úteis. O usuário deverá escolher uma das chaves Pix, informar os dados pessoais e guardar o número de protocolo, caso precise entrar em contato com a instituição;

“Solicitar via instituição”: a instituição financeira não oferece a devolução por Pix. O usuário deverá entrar em contato pelo telefone ou e-mail informado para combinar com a instituição a forma de retirada: Transferência Eletrônica Disponível (TED) ou Documento de Crédito (DOC);