O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu o fechamento por três meses, em decorrência de um caso de racismo ocorrido em junho deste ano, cuja vítima foi um jovem jogador de futebol, da unidade localizada no Barra Shopping da loja Zara. Os promotores denunciaram também o segurança Henrique Durães Bernardes, que protagonizou o episódio.
Guilherme Quintino, de 20 anos, que já atuou nas categorias de base do Flamengo e do Botafogo, entrou no estabelecimento acompanhado de uma jovem e, após olhar algumas peças de roupa, desistiu da comprar. Na hora de sair da Zara, o segurança o impediu e pediu para ele mostrar onde estavam os produtos que não levaria mais. A cena foi toda registrada em vídeo pela pessoa que acompanhava Quintino.
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O caso foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância e, agora, o promotor Alexandre Themístocles fez o pedido de fechamento da unidade do Barra Shopping por 90 dias por entender a atitude foi discriminatória e unicamente levada a cabo pela suspeita descabida relacionada à cor da pele do jovem.
“Ao se voltar contra pessoa de raça negra, sem qualquer justificativa plausível, dando-lhe tratamento constrangedor e humilhante, e que certamente não se dispensaria a outras pessoas, o denunciado impôs ao consumidor negro restrições de locomoção e exigências desarrazoadas, com potencial de causar-lhe odiosa inferiorização e perversa estigmatização”, diz a denúncia do MP encaminhada ao Judiciário.
Nas imagens do ato praticado pelo segurança, a mulher que filme a discriminação direcionada a Quintino ainda pergunta a várias funcionárias o motivo daquela abordagem, mas todas seguem sem responder nada. Ela chega a se indignar e xingar os empregados da Zara que, diante do absurdo, não intervêm.
Veja o vídeo: