ATIVIDADE RACISTA

Racismo: Colégio usa palha de aço para representar cabelos afro no Dia da Consciência Negra

Caso aconteceu em uma turma de ensino infantil do Colégio Ágape, em Goiana, estado de Pernambuco

No Dia da Consciência Negra, escola comete atitude racista em atividade.Créditos: Reprodução/WhatsApp
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Em uma evidente atitude racista, um colégio de Goiana, Zona da Mata Norte de Pernambuco, usou palha de aço para representar cabelos afro em atividade no Dia da Consciência Negra, celebrado no último dia 20 de novembro. Após a ampla repercussão, a instituição de ensino privada Colégio Ágape emitiu um pedido de desculpas e comunicou que aplicou advertências às duas profissionais envolvidas no caso.

Um usuário no X, antigo Twitter, criticou a atitude racista e disse que denunciou o caso aos órgãos competentes de educação. Segundo ele, a escola é “fundamentalista cristã e cheia de trabalhadores racistas, mostrou a sua cara e enviou para as criancinhas esta atividade preconceituosa para o Dia da Consciência Negra"

No dia seguinte à realização da atividade, na terça-feira (21), o Colégio Ágape emitiu um comunicado no Instagram pedindo desculpas. Na nota, a instituição disse que a tarefa foi considerada "um caso isolado", ocorrido durante uma atividade extracurricular, na qual as professoras envolvidas agiram de maneira totalmente contrária à política de ensino da escola.

Na publicação, a escola diz que "jamais corrobora com qualquer forma de discriminação, de raça, sexo, religião ou ideologia e que repudia toda e qualquer ação neste sentido".

"A esponja de aço estava dentro da sala porque ela tinha utilizado em outra atividade dez dias antes. Quando chegou no dia da Consciência Negra, tinha sobrado o material lá e ela [a professora] teve a infelicidade de pegar esse material e utilizar para essa atividade, que não era curricular. Foi uma atividade que ela fez por si", afirmou ao g1, o mantenedor do Colégio Ágape, Walter Batista. O representante da instituição comunicou que, após o ocorrido, a unidade promoveu uma reunião com todos os professores.

Ao ser consultada, a Polícia Civil esclareceu que, até o momento, não foi formalizado nenhum registro do ocorrido. O g1 também buscou contato com a Secretaria Estadual de Educação e Esportes (SEE), órgão encarregado de supervisionar a rede privada, contudo, até a última atualização desta matéria, não obteve resposta.

Com informações do g1