GREVE

Os Correios vão parar na Black Friday? Veja o que foi decidido até agora

Sindicatos cobram correção de ‘inconsistências’ em acordo coletivo com a categoria

Agência dos Correios.Créditos: Ministério das Comunicações
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Os sindicatos dos Correios de São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru, Tocantins e Maranhão se reuniram nesta quarta-feira (22) e voltarão a se encontrar na quinta-feira (22) para decidir sobre uma paralisação na semana da Black Friday

De acordo com a Sintect-SP, o objetivo da greve é corrigir inconsistências deixadas pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) no texto do Acordo Coletivo 2023-2024. “Essas inconsistências não eram para existir. Os sindicatos filiados à Findect [Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Correios] as identificaram na minuta do acordo. Mostraram para a direção da ECT e negociaram a correção com o presidente da empresa e seus assessores”, diz a nota emitida pelo sindicato.

Na tarde desta quarta, a decisão dos trabalhadores dos cincos sindicatos foi favorável à paralisação, que deve ter início nesta sexta-feira (24), no dia da Black Friday, data em que os consumidores vão às compras devido às liquidações anunciadas. Porém, a decisão ainda deve passar pelas assembleias do sindicato, que acontecem na noite desta quarta. 

Em comunicado, os Correios afirmaram que estão operando normalmente em todo o país até o momento, “com 100% dos empregados presentes, todas as agências abertas e todos os serviços disponíveis”. A categoria também afirmou que, mesmo que a greve seja aprovada, “uma série de medidas para garantir a normalidade dos serviços” estão sendo preparadas para o dia da Black Friday.

Entenda a greve dos Correios 

De acordo com a assessoria de imprensa dos Correios, a empresa assinou um acordo coletivo, no começo do ano, para recuperar 40 cláusulas excluídas pelo governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

No texto, Correios e sindicatos firmaram um aumento linear de R$ 250 nos salários da "maior parte do quadro de funcionários efetivos". No entanto, a Findect, que representa 40% do efetivo nacional dos Correios e 60% do fluxo postal do país, alegou que a a não incorporação do aumento ao salário base é uma “afronta direta aos trabalhadores, contradizendo o que foi negociado na mesa de negociação coletiva". Além disso, o sindicato afirma que "a proposta de pagamento desse montante em 'passos' não apresenta benefícios concretos e coloca em risco a estabilidade financeira da categoria".