CRIME BÁRBARO

Bispo cantor gospel é novo suspeito de matar cantora evangélica Sara Mariano

Marido da vítima seria o mentor do crime, segundo a polícia. Um motorista de aplicativo é o terceiro acusado e também foi preso

Sara Mariano, o marido, Ederlan Mariano, e o novo acusado, "Bispo Zadoque".Créditos: Redes sociais/Reprodução
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O assassinato macabro da pastora e cantora de música evangélica Sara Mariano, ocorrido no fim de outubro na Região Metropolitana de Salvador (BA), ganhou um novo desdobramento. Ederlan Mariano, marido dela, confessou o assassinato e já foi preso pela Polícia Civil. Agora, outras duas pessoas foram detidas sob acusação de participarem diretamente do homicídio.

Um dos presos é o cantor gospel identificado apenas como “Bispo Zadoque”, que seria conhecido do universo das igrejas evangélicas da região. Ele foi encontrado pelos investigadores, que estavam munidos de um mandado de prisão, em sua casa, na Ilha de Itaparica.

“Conforme as investigações, o suposto líder religioso e o motorista de aplicativo são suspeitos de participação na logística e execução, bem como no ato de incendiar o corpo e na tentativa de omitir provas”, disse o delegado responsável pela investigação, Euvaldo Costa, titular da 25ª Delegacia Territorial. O motorista mencionado pelo policial é Gideão Duarte, preso também nesta quarta (15), em Camaçari, também na Região Metropolitana de Salvador.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, os nomes dos dois teriam vindo à tona após surgirem citações em depoimentos de testemunhas. Imagens de câmeras de vigilância também teriam confirmado a participação de ambos no homicídio. A Polícia Civil aguarda agora alguns laudos periciais para concluir o inquérito.

Segundo a investigação, Ederlan Mariano, o marido de Sara, teria “contratado” a participação dos dois novos acusados mediante pagamento em dinheiro, no caso do motorista, e com promessas de divulgação e crescimento artístico no caso do bispo cantor gospel.

 “As investigações apontam que o ex-marido da vítima deu valores em dinheiro para os autores e promoções artísticas para o suposto líder religioso. As investigações continuam, para individualizar as condutas dos envolvidos e identificar a possibilidade de mais participações”, acrescentou o delegado do caso.

Marido chegou a registrar desaparecimento

Antes do desfecho trágico, Ederlan havia registrado o desaparecimento de sua esposa, alegando que não sabia qual era o nome da igreja que ela tinha como destino no dia em que desapareceu. Segundo ele, Sara não era remunerada pelas participações em igrejas, mas recebia ofertas voluntárias dos fiéis.

A irmã da cantora, Soraya, que mora no Ceará, desconfiava do cunhado e revelou que a mãe conversou com Sara na segunda-feira antes do sumiço, ocasião em que a cantora teria dito que lhe contaria algo “muito sério”. Soraya não chegou a revelar qual seria o assunto em entrevista à TV Bahia. Ela também contatou Ederlan, que afirmou não saber o nome da igreja que a pastora iria, nem o endereço, tendo apenas a informação da cidade onde ocorreria o tal evento.