Os investigadores do bárbaro triplo homicídio que vitimou três médicos num quiosque da orla da praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, deixando ainda um quarto profissional de saúde ferido, já tem uma linha de investigação robusta para a tragédia que chocou o Brasil nas primeiras horas desta quinta-feira (5). Diego Ralf Bomfim, de 35 anos e irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Marcos de Andrade Corsato, 62 anos, e Perseu Ribeiro Almeida, de 33, morreram após um grupo de homens vestidos de preto disparar pelo menos 33 vezes com pistolas 9mm, sem dizer nada. Um quarto médico, Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos sobreviveu e está internado num hospital particular da capital fluminense.
De acordo com as primeiras informações que circulam por meio de fontes não identificadas da Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Polícia Federal, que entrou no caso a pedido do ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, os ortopedistas que participariam de um congresso internacional da área no Windsor Hotel e foram vítimas do bárbaro crime teriam sido baleados por engano. Um deles, Perseu Ribeiro Almeida, natural da Bahia e morador de Jequié (BA), guarda grande semelhança física com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, de 26, que saiu recentemente da cadeia e mora nas proximidades do comércio turístico onde o crime ocorreu. Ele é filho de um importante miliciano das regiões de Jacarepaguá e Rio das Pedras, na Zona Oeste, Dalmir Pereira Barbosa.
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De acordo com essas mesmas fontes, Perseu e Taillon tem quase a mesma altura, porte físico, altura e corte da barba, além de serem carecas e de usarem óculos muito semelhantes. O jovem miliciano foi colocado em liberdade por meio de um livramento condicional assinado no último dia 25 de setembro, após passar quase três anos preso sob a acusação de formar uma organização criminosa.
Segundo essas primeiras informações, o quiosque onde crime ocorreu é frequentado pelo miliciano e seus amigos. O que se supõe é que alguém ligou para o bando rival, após passar pelo local e confundir o médico com Taillon, dando orientações para que o criminoso da milícia fosse assassinado. As imagens registradas no comércio corroboram essa tese, já que os atiradores vão diretamente em Perseu, colocando o ortopedista como um alvo prioritário.