Nesta terça-feira (17/10), uma tragédia abalou a capital mineira, quando um desmoronamento de terra soterrou cinco operários que trabalhavam na construção de uma unidade do supermercado Verdemar, localizado na região do Belvedere, Centro-Sul de Belo Horizonte. O acidente ocorreu por volta das 8 horas da manhã, deixando quatro operários mortos e um quinto internado com a perna quebrada.
As vítimas fatais foram identificadas como Roberto Mauro da Silva, 55 anos, Zacarias Evangelista Fonseca, 59 anos, Juliana Angélica Menezes Veloso, 30 anos e Rafael Pereira Barbosa, 35 anos. A quinta vítima, de 23 anos, está recebendo atendimento médico no Hospital Odilon Behrens.
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O desmoronamento aconteceu enquanto os trabalhadores realizavam uma obra de sustentação da estrutura. O barranco que caiu continha uma grande quantidade de minério de ferro, o que tornou o resgate ainda mais desafiador para as equipes de resgate e socorro. Testemunhas no local relataram que cerca de 20 pessoas estavam trabalhando no momento do acidente.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) foi chamada ao local para conduzir as investigações iniciais e coletar evidências. Equipes do rabecão realizaram a remoção dos corpos das vítimas em meio aos destroços.
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A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) divulgou uma declaração afirmando que a obra em questão estava em conformidade com as regulamentações, possuía um alvará ativo e que o comunicado de obra foi realizado em 14 de setembro. O órgão destacou que a responsabilidade pela estabilidade e outros aspectos do projeto e estrutura são de responsabilidade do Responsável Técnico (RT).
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) emitiu uma nota lamentando a tragédia e exigindo uma investigação rigorosa para apurar as circunstâncias do acidente. A organização sindical também pediu pela responsabilização dos culpados e uma fiscalização mais rigorosa dos órgãos competentes para evitar a repetição de tais tragédias.
A UGT manifestou solidariedade às famílias das vítimas fatais e aos trabalhadores que estão recebendo atendimento médico. A organização ressaltou a importância de sindicatos fortes e representativos na luta por direitos, saúde, segurança e bem-estar no local de trabalho, bem como por condições de trabalho dignas e salários justos.