A maior parte dos acampamentos golpistas de apoiadores de Jair Bolsonaro que não aceitam o fato de que ele não é mais presidente do Brasil já foi desarticulada. Nesta sexta-feira (6), por exemplo, a Guarda Civil Municipal (GCM) de Belo Horizonte (MG) acabou com um ato antidemocrático que estava instalado permanentemente em frente a um quartel da cidade.
O principal acampamento de bolsonaristas fanáticos, em frente ao Quartel General (QG) do Exército em Brasília, no entanto, segue de pé - apesar de já contar com um número bem menor de pessoas. Impressiona, no entanto, o fato dos militares não estarem tomando ações efetivas para colocar fim à mobilização golpista. Vídeos que circulam nas redes sociais nesta sexta-feira, inclusive, revelam o contrário.
As imagens mostram os militares aparentemente ajudando os bolsonaristas a montar estruturas no acampamento. "Olha aí, gente. Estão dizendo que o Exército tá mandando a gente embora? Olha aí o pessoal chegando, e o Exército tá ajudando", comemora uma mulher em um dos vídeos que mostra a ação. "Não acabou, vem pra cá", afirma ainda.
"Olha aí, pessoal. Brasília, 05/01/2023. O Exército tá aqui ajudando a montar o acampamento pra receber o pessoal nesse fim de semana. Vai ser loucura, vai ser gigante. Pra quem diz que o Exército não tá ajudando o povo...Olha aí para vocês verem, o Exército colocando e fornecendo os paletes para serem usados no acampamento", declara um homem em outro vídeo.
Assista
Em nota enviada ao portal Metrópoles sobre os vídeos em questão, o Comando Militar do Planalto (CMP) informou que “os militares estão atuando para auxiliar na desmontagem e retirada de estruturas”, adicionando que foi retirada do acampamento uma caixa d'água sem uso.
Área reduzida
Já nesta sexta-feira (6), um sargento do Exército informou ao portal UOL que a área do acampamento em frente ao QG em Brasília está sendo reduzida e que restam, neste momento, apenas 100 pessoas.
Ele afirma que as barracas em áreas adjacentes ao acampamento já foram desmontadas e que, agora, não é possível entrar mais pessoas no local.
O mesmo militar diz, ainda, que o fim total do acampamento é uma questão de dias.