Alguns bolsonaristas que participaram dos atos terroristas em Brasília no dia 8 de janeiro, mesmo após passarem um período na cadeia, estão sinalizando que repetiriam a tentativa de golpe de Estado se tivessem a oportunidade. Este é o caso de duas mulheres apoiadoras de Jair Bolsonaro que foram presas logo após o ataque às sedes dos Três Poderes e que estão na leva que foi liberada da prisão pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma dessas mulheres, que não teve o nome divulgado, é do Mato Grosso e, assim como outas 219 pessoas, foi solta da cadeia com a obrigatoriedade de usar tornozeleira eletrônica e sob a proibição de sair de sua cidade e postar nas redes sociais. Em vídeo que circula nas redes sociais, ela aparece sendo recepcionada por amigos e familiares em seu município e se dizendo "orgulhosa" do que fez.
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"Firme e forte! Fui e voltei! Com muito orgulho! Olha aqui, gente. Não chorei nenhuma vez e estou com Wi-Fi com muito orgulho", diz, empolgada, apontando para a tornozeleira eletrônica. "Isso é um símbolo de guerra", diz uma das mulheres que recepcionou a golpista.
Uma outra mulher que foi presa por participar dos atos antidemocráticos esboçou reação diferente. Também em vídeo que circula nas redes, ela é filmada por outra pessoa, que tira sarro da situação. "Foi liberada, né?", afirma, ao que a golpista responde, apontando para a tornozeleira: "Tô... Tá pensando que o Xandão é bom? Olha o que ele fez comigo".
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Golpistas presos
Ao todo, 1.984 pessoas foram presas após o levante terrorista em Brasília no dia 8 de janeiro. Deste total, 1.030 permanecem encarceradas no Complexo Penitenciário da Papuda e na Penitenciária Feminina Colmeia, ambas no Distrito Federal.