Assim como havia sido feito com o Palácio do Planalto, a sede do Ministério da Economia, em Brasília, foi lavada nesta segunda-feira (2) com sal grosso por manifestantes e servidores da pasta, que voltou a ser chamada, agora no governo Lula, de Ministério da Fazenda.
O sal grosso, além de utilizado para temperar alimentos, é usado tradicionalmente em rituais e simpatias de diferentes crenças para afastar o mau-olhado, a inveja e as energias negativas.
Vídeo que circula nas redes sociais mostra um grupo de pessoas esfregando o chão da entrada do ministério e cantando "Tá Na Hora do Jair Já Ir Embora".
A lavagem foi feita pouco antes da cerimônia que deu posse ao novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
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Haddad assume
Na cerimônia em que tomou posse como novo ministro da Fazenda nesta segunda-feira (2), Fernando Haddad discursou e prometeu enviar ao Congresso, ainda no primeiro semestre, a proposta de uma Nova Âncora Fiscal, "que organize as contas públicas, que seja confiável, e, principalmente, respeitada e cumprida".
O ministro se comprometeu, ainda, a melhorar o sistema tributário brasileiro, endossando a promessa de campanha de Lula para que "o pobre entre no orçamento e o rico no imposto de renda".
"Nós sabemos da necessidade de colocar os indicadores econômicos no rumo certo. Não existe um economista mais preocupado que outro em relação à sustentabilidade e rigidez das nossas contas públicas. Um Estado forte não é um Estado grande, é um Estado que entrega com responsabilidade aquilo que está previsto na Constituição. Nós não queremos nem mais e nem menos do que os direitos dos cidadãos respeitados. E isso inclui, como não pode deixar de ser, a responsabilidade fiscal. Essas coisas tem que caminhar juntas", disse Haddad.
"Nós vamos apresentar nas primeiras semanas do governo as medidas necessárias para restabelecer a confiança dos investidores e dos cidadãos no nosso país. Não vamos deixar isso para o segundo ano, terceiro ano. Vamos resolver isso logo", prosseguiu o ministro da Fazenda.
Haddad ainda ironizou o apelido de "Posto Ipiranga" que foi dado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao ex-ministro da Economia Paulo Guedes, destacando a articulação que terá com outros ministérios ligados à pauta econômica, como o comandando por Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio) e Simone Tebet (Planejamento). “Éramos um posto Ipiranga e agora somos uma rede de postos”, declarou.