O pai dos irmãos gêmeos de 3 anos de Macapá (AP) que se envolveram em um acidente com sua arma de fogo prestou depoimento à Polícia Civil na noite desta quinta-feira (22) e já foi liberado. Uma das crianças, no mesmo dia, havia encontrado a arma do pai, que tem registro de Caçador, Atirador ou Colecionador (CAC), e atirou na cabeça do irmão.
Segundo o delegado de plantão, o homem, que não teve o nome revelado, assinou um termo circunstanciado e vai responder em liberdade pelo crime de omissão de cautela. A arma foi entregue aos policiais para perícia.
Já a criança atingida pelo disparo está internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Emergência (HE) de Macapá. A intubação ocorreu ainda na noite de quinta-feira.
Entenda o caso
A política armamentista de Jair Bolsonaro (PL), que distribui mais de 1 milhão de armas nas mãos de civis, provocou nova tragédia em uma família de Macapá, no Amapá, nesta quinta-feira (22).
Uma criança de 3 anos encontrou a arma do pai, que tem registro de Caçador, Atirador ou Colecionador - os chamados CACs -, e atirou na cabeça do irmão gêmeo.
Segundo informações passadas pela própria família aos policiais, o pai se preparava para ir a um clube de tiros e teria aberto o cofre, onde guarda a arma, uma Taurus 9 milímetros.
Nesse meio tempo, o pai saiu deixou a sala e a criança pegou a arma e atirou contra o irmão.
Os familiares ouviram o disparo e se dirigiram até o local, onde encontraram uma das crianças baleada na cabeça caída no chão. O irmão gêmeo estava ao lado da arma, no chão.
A criança baleada foi levada pela mãe à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na zona norte da capital amapense e transferida para o Hospital de Emergência, onde está internada em estado grave.
O tiro teria entrado pela bochecha e saído pelo pescoço, causando fratura na vértebra cervical.
O pai se apresentou à polícia, que trata o caso como tiro acidental e omissão. A arma tinha 16 munições intactas e uma deflagrada.