MILÍCIAS DO RJ

‘Caveirão da milícia’ é encontrado em Nova Iguaçu por policiais civis

Veículo era usado pelo Bonde do Tandera, liderado por Danilo Dias Lima, que perdeu duas lideranças no último final de semana em troca de tiros com a polícia

“Caveirão” do Bonde do Tandera apreendido em 23 de agosto de 2022 pela Polícia Civil em Nova Iguaçu (RJ). Créditos: Divulgação / Polícia Civil RJ
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Policiais civis apreenderam um carro-forte nesta terça-feira (23) em Nova iguaçu, no Rio de Janeiro, que seria da milícia Bonde do Tandera, liderada por Danilo Dias Lima, dono do apelido que dá nome do grupo. Já é o segundo revés do grupo que nos últimos dias perdeu duas lideranças, mortas em confronto com a polícia.

Participaram da operação agentes da Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (DRACO-IE) – que investiga o grupo a oito meses - e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), ambas da Polícia Civil fluminense. Segundo informações divulgadas pelo portal G1, o veículo teria sido encontrado em um galpão situado na Rua Brasília, no bairro do Cabuçu. Ele seria usado para intimidar rivais.

O bairro é o mesmo onde está o localizado o sítio da milícia onde no último sábado (20) policiais civis trocaram tiros com milicianos. O episódio resultou nos óbitos de dois líderes da milícia, Delson Dias Lima, o Delsinho, que é irmão de Tandera, além de Renato Alves de Santana, o Fofo. Os dois eram considerados os próximos na hierarquia do Bonde do Tandera, logo abaixo do próprio Tandera. Com eles foram mortos dois seguranças, identificados como Tizil e Neguinho, e apreendidas armas e munições.

Delsinho já estava procurado há algum tempo. Ele teria escapado de agentes da polícia civil que o investigavam em novembro passado. Após perseguição, os agentes só encontraram uma viatura da corporação clonada. No mesmo mês as autoridades ainda encontraram um jacaré que o criminoso usava para torturar inimigos e desafetos.

O Bonde do Tandera atua nas regiões de Nova Iguaçu e Seropédica e é o principal rival da maior milícia do Estado, o Bonde do Ecko. Ambas disputam territórios e negócios na zona oeste do Rio e na Baixada Fluminense. O Bonde do Ecko é liderado por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, que herdou os negócios do irmão Ecko, morto em um cerco da PM em 12 de junho de 2021.