Policiais civis apreenderam um carro-forte nesta terça-feira (23) em Nova iguaçu, no Rio de Janeiro, que seria da milícia Bonde do Tandera, liderada por Danilo Dias Lima, dono do apelido que dá nome do grupo. Já é o segundo revés do grupo que nos últimos dias perdeu duas lideranças, mortas em confronto com a polícia.
Participaram da operação agentes da Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (DRACO-IE) – que investiga o grupo a oito meses - e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), ambas da Polícia Civil fluminense. Segundo informações divulgadas pelo portal G1, o veículo teria sido encontrado em um galpão situado na Rua Brasília, no bairro do Cabuçu. Ele seria usado para intimidar rivais.
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O bairro é o mesmo onde está o localizado o sítio da milícia onde no último sábado (20) policiais civis trocaram tiros com milicianos. O episódio resultou nos óbitos de dois líderes da milícia, Delson Dias Lima, o Delsinho, que é irmão de Tandera, além de Renato Alves de Santana, o Fofo. Os dois eram considerados os próximos na hierarquia do Bonde do Tandera, logo abaixo do próprio Tandera. Com eles foram mortos dois seguranças, identificados como Tizil e Neguinho, e apreendidas armas e munições.
Delsinho já estava procurado há algum tempo. Ele teria escapado de agentes da polícia civil que o investigavam em novembro passado. Após perseguição, os agentes só encontraram uma viatura da corporação clonada. No mesmo mês as autoridades ainda encontraram um jacaré que o criminoso usava para torturar inimigos e desafetos.
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O Bonde do Tandera atua nas regiões de Nova Iguaçu e Seropédica e é o principal rival da maior milícia do Estado, o Bonde do Ecko. Ambas disputam territórios e negócios na zona oeste do Rio e na Baixada Fluminense. O Bonde do Ecko é liderado por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, que herdou os negócios do irmão Ecko, morto em um cerco da PM em 12 de junho de 2021.