Familiares do campeão mundial de jiu-jitsu, Leandro Lo, assassinado pelo policial militar Henrique Otávio de Oliveira Velozo, marcaram um protesto nesta segunda-feira (15), às 20 horas, em frente ao presídio onde o PM está detido, em São Paulo.
A ação foi motivada pelo fato de que o perfil de Velozo no Instagram foi reativado. Amanda Lo, irmã de Leandro, compartilhou, no domingo (14) uma imagem da conta do PM na rede social. “Manifestação amanhã, às 20h, no Romão Gomes, assassino reativou a conta dele não pode ficar impune”, postou. A mensagem foi republicada pela mãe do atleta, Fátima Lo.
Velozo tinha 32,6 mil seguidores, conforme mostra a imagem divulgada pela família de Leandro. O perfil registra fotos do PM fardado, com arma e bebidas.
PM que matou campeão de jiu-jitsu gastou R$ 1,6 mil em boate e foi com prostituta a motel após crime
Após assassinar Leandro Lo, no Clube Sírio, no dia 7 de agosto, Henrique Velozo foi a uma outra boate e a um motel. O PM responde por homicídio doloso por motivo fútil.
Imagens de câmeras de segurança mostram o policial na recepção de uma boate no bairro de Moema, também na capital paulista, momentos após ter assassinado o atleta.
Nesta segunda boate, o policial consumiu uma garrafa de uísque, duas águas de coco, duas latas de energético e duas doses de gin, de acordo com a comanda, o que somou R$ 1,6 mil.
Quase duas horas depois, a mesma câmera flagrou Veloso saindo da boate acompanhado por uma mulher que, conforme o delegado, é uma garota de programa.
Em seguida, foram para um motel, em Pinheiros, na Zona Oeste da capital. Chegaram por volta das 5h40 de segunda (8) e só saíram às 16h26.
Após discussão, Velozo deu um tiro na cabeça de Leandro
Conforme o advogado da família, Ivan Siqueira Junior, Leandro teve uma discussão com o policial e, para acalmar a situação, imobilizou o homem.
Depois de se afastar, Velozo sacou uma arma e atirou uma vez na cabeça do lutador. O advogado disse, ainda, que, depois do tiro, o agressor deu dois chutes no lutador no chão e fugiu.
Depois de receber o tiro, a vítima foi socorrida e levada ao Hospital Municipal Arthur Saboya, no Jabaquara, mas não resistiu.