Fátima Lo, mãe do campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo, que morreu baleado pelo tenente da Polícia Militar Henrique Otávio de Oliveira Veloso, no Clube Sírio, em São Paulo, divulgou um vídeo em que faz um apelo ao governador de São Paulo, Rodrigo Garcia.
"Boa tarde, governador Rodrigo. Eu, em nome de Leandro Lo, meu filho, que foi covardemente assassinado por um policial militar - que além do tiro, chutou duas vezes a cabeça do meu filho, que ficou com olho deformado, todo machucado. Eu gostaria que o senhor exonerasse ele da Polícia Militar. Ele não merece ser policial militar", disse.
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Fátima aponta ainda o que, segundo ela, seriam traços de psicopatia do assassino.
"A sociedade necessita de justiça. É justo para mim e principalmente pelo meu filho. Esse rapaz não merece ser da PM. Depois de tudo, ele foi para uma boate e depois para o motel, caracterizando psicopatia", afirma.
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O telejornal SP2, da Globo, segundo o G1, teve acesso às imagens das câmeras de segurança que mostram Veloso na recepção de uma boate no bairro de Moema, também na capital paulista, momentos após ter assassinado Lo.
Nesta segunda boate, o policial consumiu uma garrafa de uísque, duas águas de coco, duas latas de energético e duas doses de gin, de acordo com a comanda, o que somou R$ 1,6 mil.
Quase duas horas depois, a mesma câmera flagrou Veloso saindo da boate acompanhado por uma mulher que, conforme o delegado, é uma garota de programa.
Em seguida, foram para um motel, em Pinheiros, na Zona Oeste da capital. Chegaram por volta das 5h40 de segunda (8) e só saíram às 16h26.
Conforme o advogado da família, Ivan Siqueira Junior, Lo teve uma discussão com o policial e, para acalmar a situação, imobilizou o homem. Depois de se afastar, Veloso sacou uma arma e atirou uma vez na cabeça do lutador. O advogado disse, ainda, que, depois do tiro, o agressor deu dois chutes no lutador no chão e fugiu.
Depois de receber o tiro, a vítima foi socorrida e levada ao Hospital Municipal Arthur Saboya, no Jabaquara, mas não resistiu.
"Por favor, tira ele da Polícia Militar. É um pedido de uma mãe, o senhor como pais, se coloca no meu lugar. Que a Justiça seja feita", diz Fátima no vídeo.
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