O ônibus que conduzia familiares de Letícia Marinho Sales (foto), de 50 anos, uma das vítimas da operação policial ocorrida no Complexo do Alemão, foi parado e seus ocupantes revistados neste sábado (23), por policiais militares a caminho do velório, no Rio de Janeiro.
A PM do Rio confirmou a abordagem em um dos pontos da avenida Braz de Pina, mas alegou que só a fez porque os policiais ouviram xingamentos de dentro do veículo.
Te podría interesar
Os passageiros tiveram suas bolsas e documentos revistados, mas todos foram liberados, em seguida, e o ônibus pôde continuar a viagem.
Disparo feito por policial, diz namorado
Letícia foi morta por um tiro dentro do carro na quinta-feira (21), quando deixava o Complexo do Alemão, na companhia do namorado e de um primo dele. O companheiro da vítima disse que o disparo foi feito por um policial.
Te podría interesar
O projétil perfurou pulmões, traqueia, esôfago e a aorta abdominal. Ela teve hemorragia interna e não resistiu.
O corpo de Letícia foi velado e sepultado no Cemitério São Francisco Xavier. Ela deixou três filhos e três netos. Uma semana antes, ela havia enterrado a mãe, vítima de câncer.
Letícia, que mora no Recreio dos Bandeirantes, estava indo até o Complexo do Alemão para ajudar uma pastora a organizar uma festa.
Testemunhas dizem que policiais estavam no local à paisana. Um dos policiais teria sacado a arma e, em seguida, deu-se início uma série de disparos. A família de Letícia cobra por Justiça e busca explicações sobre o porquê do início dos tiros.
Jaime Eduardo da Silva, primo do namorado de Letícia e que estava no mesmo veículo, ficou ferido pelos estilhaços provocados pelo tiro.
Com informações do Metrópoles