A companhia aérea GOL atendeu a uma reclamação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), feita pelas redes sociais, e informou que suspendeu nesta quarta-feira (13) uma parceria com a Editora Abril. O filho de Jair Bolsonaro (PL) havia criticado a empresa por distribuir aos clientes, no balcão do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a edição desta semana da revista Veja com uma capa crítica ao presidente.
Na manhã de quarta-feira, Flávio postou em seu Twitter um vídeo que mostra um homem não identificado se queixando da distribuição de revistas por parte da empresa. A capa da publicação contém o rosto de Bolsonaro com a manchete "perigo à vista".
"Lamento profundamente a GOL tomar esta iniciativa. Espero que não seja em função de alguma promessa do ex-presidiário de 'ajudar' a companhia aérea, caso aconteça a catástrofe de sua quadrilha voltar ao poder. Aguardo, sinceramente, uma posição oficial da empresa", escreveu o senador junto ao vídeo.
À noite, voltou ao Twitter com uma resposta da GOL que o deixou satisfeito. A companhia, na nota compartilhada por Flávio, diz que "lamenta profundamente" o ocorrido e que "as ações promocionais da GOL não têm qualquer viés político".
"A parceria de distribuição de revistas com a Ed. Abril, hoje suspensa, não abrange editorial ou escolha de notícias. A Gol segue sempre trabalhando pelo desenvolvimento do Brasil", afirma ainda a empresa.
Flávio Bolsonaro, por sua vez, comemorou: "Agradeço a pronta resposta da GOL esclarecendo que não há orientação institucional de viés político por parte da empresa. Portanto, tratou-se de um caso isolado e tomou as providências internas que entendeu acertadas. Bons vôos e vamos em frente!".
Em nota oficial, a GOL informou que a parceria com a Editora Abril se deu "por tempo limitado e em caráter experimental, como forma de oferecer mais opções de entretenimento a seus Clientes durante a etapa de check-in em alguns aeroportos. A parceria se encerrou nesta semana".
"Em nenhum momento a Companhia participou da definição do conteúdo editorial da revista, assim como da escolha de notícias. A GOL ressalta que não há qualquer viés político relacionado a ações promocionais deste tipo e segue sempre trabalhando pelo desenvolvimento do Brasil", prossegue a aérea.
Internautas reagem
Usuários das redes sociais vêm reagindo à atitude da GOL em suspender a distribuição de revistas após reclamação de Flávio Bolsonaro. Muitos tem chamado a empresa de "covarde" através de comentários em publicações do Twitter.
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