Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, um dos presos por envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, disse que que o crime teve a participação de, ao menos, mais uma pessoa.
Em depoimento à Polícia Federal (PF), Amarildo relatou, também, que essa terceira pessoa foi a responsável por atirar em Bruno e Dom. A informação foi confirmada à coluna de Bela Megale, em O Globo, por fontes da PF e do Ministério da Justiça.
Amarildo admitiu ter ajudado a enterrar as vítimas. A PF está trabalhando na busca pelos restos mortais. Ele disse, ainda, que chegou ao local após os corpos terem sido queimados.
Ainda não foi apurado se Amarildo, com essas alegações, está tentando fugir da responsabilidade pela autoria do crime ou se as informações procedem mesmo.
Fontes da PF confirmaram que a motivação principal do crime estaria relacionada à prática de pesca ilegal na região.
Dos Santos também teria confessado participação no crime
Informações divulgadas pela TV Bandeirantes na tarde desta quarta-feira (15) apontam que Oseney da Costa Oliveira, conhecido como Dos Santos, irmão de Amarildo, teria confessado participação no crime.
Segundo reportagem da emissora, Dos Santos teria dito que os corpos de Bruno e Dom foram esquartejados, incinerados e jogados em vala.
Preso na noite desta terça-feira (14), Dos Santos foi levado para o local onde teria acontecido o assassinato. A Polícia Federal convocou entrevista coletiva para esta quarta.
"O motivo do crime teria sido a pesca ilegal na região. Estavam pescando pirarucu, foram alertados por Bruno e Dom Phillips que estava fotografando. Eles foram rendidos e levados para uma vala, onde foram mortos e tiveram os corpos esquartejados e incendiados", diz a reportagem da Band.