Servidores da Funai decidiram nesta segunda-feira (13) declarar estado de greve de 24h em razão das declarações feitas pelo presidente da entidade, o delegado Marcelo Augusto Xavier da Silva, sobre o desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira.
Marcelo Augusto disse na sexta-feira (10) que iria acionar o Ministério Público Federal (MPF) contra o jornalista e o indigenista por eles supostamente terem ingressado em território indígena sem autorização na região do Vale do Javari, onde desapareceram.
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Essa informação foi rebatida pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Unijava), que afirma que Bruno tinha essa autorização até a data em que ele deixou o local e que os dois, juntos, não ultrapassaram o limite permitido.
"De fato, na autorização de ingresso em terra indígena concedida pela Funai a Bruno Pereira não há menção ao Sr. Phillips, pois ele não ingressou nem intencionava adentrar nos limites da Terra Indígena Vale do Javari", disse a Unijava.
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Os servidores da Funai cobram uma retratação do presidente da entidade. Marcelo Augusto Xavier da Silva foi nomeado para o cargo pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019. O delegado da Polícia Federal tem proximidade com ruralistas e virou réu em 2021 por atrasar a demarcação de terras indígenas. O Parlamento indígena (Parlaíndio) exige a exoneração de Marcelo do cargo.
A assembleia desta segunda foi promovida pelo Indigenistas Associados (INA), pelo Sindsep-DF (Servidores Públicos Federais do Distrito Federal), Condisef( Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais) e Ansef (Associação Nacional dos Servidores da Funai).
Com informações do Uol