O caso do menino adotado tardiamente pela atriz Carol Nakamura e que “quis voltar para a mãe biológica”, segundo a própria artista, ganhou o noticiário e levantou uma discussão sobre as dificuldades encontradas por quem faz a adoção de crianças já com certa idade. Atualmente com 12 anos, o menor, que será identificado apenas como W., teria apresentado problemas para se adaptar à nova família, composta por Carol e seu marido, Guilherme Leonel.
No entanto, um pormenor da relação entre a mãe adotiva e o garoto veio à tona na internet e suscitou críticas à atriz e modelo. W. tem um perfil no Instagram, com mais de 89 mil seguidores, administrado por Carol, de acordo com a própria página, no qual a criança é definida pela frase “do lixão de Gramacho para o mundo”. Para alguns usuários das redes sociais, Carol expôs de forma exagerada o menino, constrangendo-o quanto à sua origem. Ela passou a ser acusada, inclusive, de “fazer marketing” com a adoção.
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“Tive que respeitar a vontade dele. W. estava safado. Ele já tinha entendido que eu não tinha a guarda dele. Se a gente brigasse ou colocasse de castigo ou chamasse a atenção, ele queria ir para a casa da mãe. E se a mãe fizesse o mesmo, ele vinha para cá. E nisso, faltando na aula. Sem-vergonha”, disse Carol no pronunciamento que fez em seu perfil oficial numa rede social.
O uso de vocábulos como “safado” e “sem-vergonha” e a maneira como teria atribuído “a decisão” de voltar à mãe biológica ao arbítrio do garoto fez com que internautas a acusassem de estigmatizar a criança e culpá-la por um rumo dado à adoção que é extremamente complexo e envolve inúmeras variáveis, entre elas a conduta dos pais adotivos.
Carol procurou ainda manifestar sentimentos amorosos em seu depoimento, alertando para os seguidores que não seria correto responsabilizar W. pela adoção que deu errado.
"Não critiquem o W. em hipótese alguma, independente de ele estar morando comigo ou não, ele continua sendo meu filho, na minha cabeça, no meu coração. Ele é pré-adolescente que não teve educação, não teve regra na infância dele. Então, é óbvio que não se acostumou com isso. Então, por favor, não julguem nunca, em possibilidade alguma, a atitude dele”, argumentou.