As arbitrariedades dos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que culminaram na morte de Genivaldo de Jesus Santos, 38, não ficaram restritas à vítima que sofria esquizofrenia.
Dois jovens de Umbaúba (SE) denunciam que foram agredidos e ameaçados por uma equipe da PRF, dois dias antes da morte de Genivaldo e na mesma cidade em que a vítima foi morta asfixiada dentro da viatura da corporação. Assim como Genivaldo, eles também estavam de moto quando foram abordados pelos policiais.
Te podría interesar
Nos boletins de ocorrência, um homem de 21 anos e um adolescente de 16 relatam que, mesmo algemados com as mãos para trás, receberam chutes, tapas e pisões no rosto. Segundo os jovens, a abordagem foi feita por quatro agentes. Após a agressão, eles dizem que foram colocados no camburão da viatura da PRF.
O episódio ocorreu no último dia 23 por volta das 19h. Os boletins de ocorrência, aos quais a Folha teve acesso, foram registrados no dia 27.
Te podría interesar
"Caíram pra cima"
Exonerados nesta terça-feira (31) por Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil, Jean Coelho, diretor-executivo da PRF, e Allan da Mota Rebello, diretor de inteligência da instituição, estão de malas prontas para os EUA, onde vão receber US$ 14,7 mil como oficiais de ligação no Colégio Interamericano de Defesa, em Washington, pelos próximos dois anos.
Segundo Bela Megale, em sua coluna no jornal O Globo, a promoção foi acertada no dia 17 de maio, uma semana antes do assassinato de Genivaldo, e foi assinada pelo diretor-geral da PRF, Silvanei Vasques. Na PRF, a nomeação no exterior é vista como "prêmio".
No total, os dois policiais, que integravam a cúpula do órgão responsável pelos agentes que asfixiaram Genivaldo, vão receber US$ 11 mil mensais mais um auxílio-moradia de US$ 3,7 mil - cerca de R$ 69 mil mensais na atual cotação do dólar.
Os dois agentes já teriam recebido cerca de US$ 17 mil como auxílio-mudança. Eles devem se mudar para os EUA entre os dias 9 e 10 de junho.