A devassa nas contas públicas de prefeituras que pagam verdadeiras fortunas para sertanejos segue a todo vapor após as críticas feitas pelo cantor Zé Neto a Anitta e aos artistas que usam a Lei Rouanet. O chilique infantil do parceiro de Cristiano resultou em investigações, por parte da imprensa e de autoridades públicas, que já descobriram rios de dinheiro que irrigam as contas de estrelas do segmento musical, sobretudo de Gusttavo Lima, um notório apoiador do presidente Jair Bolsonaro que até então vinha proferindo discursos moralistas em favor do líder radical de extrema-direita. O novo escândalo que estourou nesta segunda-feira (30) tem o “embaixador” como pivô novamente.
Depois de ter shows no valor de R$ 1,2 milhão em Conceição do Mato Dentro e R$ 800 mil na minúscula São Luiz (RR) pagos com dinheiro público e sob escrutínio, agora foi a vez da prefeitura de Magé (RJ) ser investigada pelo Ministério Público por conta de uma apresentação que custou R$ 1 milhão e que está prevista para 8 de junho.
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De acordo com uma nota divulgada pela 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Magé, embora num primeiro momento a transação não pareça ilegal, o preço cobrado (e aceito pelo Executivo municipal) é muito elevado, já que a prefeitura teria como verba destinada às artes e à cultura em 2022 aproximadamente R$ 100 mil. Um inquérito civil foi aberto justamente para tentar compreender por que um cachê equivalente a 10 vezes o orçamento anual para o segmento para a cidade foi gasto com Gusttavo Lima.
A apresentação, que não se sabe ainda se será mantida, seria em comemoração aos 457 anos de fundação do município fluminense, localizado 63 km ao norte do Rio de Janeiro.