Antes de se tornar pública a mamata dos cachês oriundos de verbas que deveriam ser destinadas a setores prioritários, por parte do cantor sertanejo Gusttavo Lima, o universo gospel já havia sido contemplado com esse privilégio.
Para comemorar o aniversário do município, a prefeitura de Teixeira de Freitas, na Bahia, contratou o cantor gospel Fernandinho e sua banda pelo cachê de R$ 90 mil.
O problema é que a origem do recurso, publicada no Diário Oficial do Município e divulgada pela Associação dos/as Professores/as Licenciados/as do Brasil (APLB), é o Fundo Municipal de Educação, segundo o TV Jornal, no UOL.
Foram quatro dias de festa para celebrar os 37 anos de emancipação de Teixeira de Freitas, este mês.
A APLB divulgou uma nota para questionar a prefeitura do município sobre a origem do dinheiro e pediu “providências no sentido de sanar tal irregularidade”.
Depois da divulgação da nota da entidade, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Redes Públicas Municipais e Estaduais se pronunciou.
“Usar recurso de verba vinculada contraria o que disciplina os princípios constitucionais que regem a Administração Pública, elencados no Art. 37 da Constituição Federal do Brasil”, publicou o sindicato.
Mesmo com show cancelado, Gusttavo Lima recebeu R$ 600 mil de verba da saúde e da educação
Apesar de ter seu show cancelado pela prefeitura de Conceição do Mato Dentro, na Região Central de Minas Gerais, com apenas 18 mil habitantes, o cantor bolsonarista Gusttavo Lima embolsou R$ 600 mil, metade do cachê de R$ 1,2 milhão.
A verba destinada ao sertanejo foi motivo de polêmica nesta semana, após ser revelado que o dinheiro partia de uma verba que seria para a saúde e a educação, obtida a partir da Compensação Financeira pela Exploração Mineral, a CFEM.
O contrato firmado entre as partes indica que o cantor bolsonarista teria direito a ficar com metade do cachê, já pago, em caso de cancelamento do show.