VIOLÊNCIA POLICIAL

VÍDEO: Agentes da Guarda Civil Metropolitana agridem mulher na Cracolândia em SP

Três agentes cercam uma mulher, um deles a agride com o cassetete e outro dispara spray diretamente no rosto da vítima

A rotina das abordagens violentas.Créditos: Reprodução/Twitter
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Os seguidos governos tucanos, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e as polícias do estado de São Paulo, ao longo dos anos, dão, diariamente, inúmeras demonstrações de desrespeito ao cidadão.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra três agentes da GCM de São Paulo agredindo uma mulher. A cena mostra ela andando para trás e tentando se desvencilhar dos ataques dos policiais com cassetetes.

As cenas foram registradas na Rua Helvétia, região central da capital paulista, local onde circulam pessoas que frequentam a chamada Cracolândia.

Primeiro, um dos agentes agride covardemente a mulher que está quase de costas, enquanto caminha. Sem reagir, ela recebe, em seguida, um jato de spray diretamente contra o rosto.

Especialista em direitos humanos diz que "claramente houve tortura"

"Claramente houve tortura. Pelas imagens, a dependente química foi alvo de violência, com golpes de cassetetes e spray de pimenta. Foi submetida a intenso sofrimento físico e psicológico, como forma de castigo e repressão, o que configura o crime de tortura, da lei 9455, de 1997", avalia o advogado Ariel de Castro Alves, especialista em direitos humanos e segurança pública, além de membro do Movimento Nacional de Direitos Humanos e presidente do Grupo Tortura Nunca Mais.

"Isso é resultado da verdadeira guerra contra os pobres, moradores em situação de rua e dependentes de drogas implantada na região pela prefeitura e pelo governo do estado, como ação de marketing de véspera de eleição, para dizerem que estão fazendo algo, quando na verdade se omitiram nas políticas públicas e mantiveram o tráfico e a corrupção policial lá por várias décadas", acrescenta.

Nas últimas semanas, as polícias Civil e Militar deflagraram inúmeras operações para dispersar usuários de drogas que se aglomeram no local, quase sempre com uso de violência.