A reportagem do jornal Estado de Minas flagrou, na manhã de domingo (1º/05), dois organizadores da manifestação a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL) arrastando o colchão de uma moradora em situação de rua que dormia no coreto da Praça da Liberdade, na região Centro Sul de Belo Horizonte . Eles participavam de um ato a favor do governo.
No local do fato, os manifestantes penduraram cartazes e faixas com propagandas bolsonaristas, além de uma grande bandeira do Brasil.
Mesmo com a ação, a mulher permaneceu dormindo. Em seguida, seu colchão foi puxado pelos manifestantes e colocado do outro lado do local.
Manifestantes agridem imprensa
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Pouco depois de registrar a cena, o repórter fotográfico foi hostilizado pelos bolsonaristas na Praça da Liberdade. Ele fotografava uma confusão em meio aos manifestantes, quando passou a ser alvo de ataques. Os apoiadores do governo o chamaram de “espião", "funcionário Globo” e “petista” enquanto o expulsavam, de forma abrupta, da Praça da Liberdade.
O repórter relata que uma senhora de meia-idade chegou a agredi-lo tentando arrancar sua máscara, quando se negou abaixar a câmera e parar de fotografar. “Sai daqui" "petista palhaço, espião”, gritava um homem enquanto empurrava o fotógrafo para fora da praça.
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“Tentaram tirar a minha máscara à força e tentaram tapar minha câmera com as mãos e bandeiras, quando perceberam que eu não ia ceder, fui perseguido e empurrado mais de três vezes por um grupo de pessoas", lamentou o fotógrafo.
O profissional precisou do acompanhamento da polícia, para concluir o trabalho de cobertura.