VIOLÊNCIA POLICIAL

Contadora é agredida e presa após questionar violência em abordagem policial; vídeo

“Ele foi em cima dela e deu um murro, começou a socar ela, ela caiu no chão. Ele bateu muito, foi muita violência. Ela ficou sem roupa”, relatou a amiga

Contadora espancada e presa.Créditos: Reprodução de Vídeo
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Uma mulher foi agredida e presa por policias civis em Aracaju (SE) na madrugada desta segunda-feira (7), após reclamar de uma abordagem que acontecia na mesma lanchonete em que ela estava.

A vítima que prefere não se identificar afirmou que um policial chegou e começou a falar com um rapaz. "Ele estava gritando muito e dizia ‘você cuidado, se ligue que estou de olho em você. Diga a **** que também estou de olho nele’. Uma moça se incomodou, se apresentou como advogada e reclamou da abordagem”, disse a denunciante ao site FanF1.

“Achamos uma estupidez a forma que o militar estava falando com a mulher. Ele foi muito ignorante. Ele nos intimidou e eu disse que também tinha parente policial. Policial deveria ter um pouco mais de consideração, ele se irritou, ele não estava bem, e disse ‘quer filmar? Então vou filmar vocês também’”, relata.

De acordo com uma amiga, a contadora questionou ao policial o fato de ser filmada e foi agredida e presa. “Ele falou: ‘ela também’. Ele foi em cima dela e deu um murro, começou a socar ela, ela caiu no chão. Ele bateu muito, foi muita violência. Ela ficou sem roupa. Ele algemou ela e muita gente filmou. Eu fiquei travada, sem conseguir me mexer. Foi nesse momento que outro policial veio com um revólver na mão me intimidar e dizia ‘filme agora’”, conta.

Central de flagrantes

A mulher foi encaminhada para a Central de Flagrantes, na Zona Norte. “Meu medo era que eles fizessem mal a ela. Pedi para fazer um boletim de ocorrência, mas não deixaram. Nunca senti tanta humilhação. Jogaram ela num camburão como uma bandida. A mulher foi liberada horas depois. Fomos ao Nestor Piva, mas o médico não quis fazer o corpo de delito, sem uma ordem judicial”, disse.

“Queremos Justiça, isso não existe, somos mulheres e na semana da mulher passarmos por isso. É grave. Houve falta de respeito, são muito grosseiros, não respeitam mulher. Não conseguimos nos defender”, continuou.

 

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