CENSURA

PT recorre de decisão do TSE citando liberdade de expressão e censura a artistas

Agravo regimental assinado por oito advogados, entre eles Cristiano Zanin, que livrou Lula do lawfare na Lava Jato, exige que garantias constitucionais do Estado Democrático de Direito sejam respeitadas

Pabllo Vittar exibiu toalha de Lula no Lollapalooza Créditos: Reprodução.
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Um grupo de oito advogados do Partido dos Trabalhadores (PT) entrou com um agravo regimental no TSE contra a decisão do ministro Raul Araújo, da mesma corte, de impor censura disfarçada de cumprimento da lei eleitoral para que os artistas e o público do evento não fizessem manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro e a favor do ex-presidente Lula, virtuais candidatos à Presidência da República na eleição de outubro desse ano.

Cristiano Zanin, Valeska Teixeira, Eugênio Aragão, Angelo Longo Ferraro, Maria de Lourdes Lopes, Marcelo Winch Schmidt, Victor Lugan e Miguel Filipi argumentaram que o ministro acabou por restringir garantias conferidas pela Constituição Federal ao alegar que manifestações políticas, como a da cantora Pabllo Vittar, que usou uma toalha com o rosto de Lula, seriam “propaganda eleitoral antecipada”.

“Requer-se a integral reforma da decisão agravada, com o provimento do presente recurso e, consequentemente, o desprovimento integral dos pedidos formulados em exordial, reafirmando-se as liberdades e garantias constitucionais à liberdade de expressão e vedação à censura, bem como reconhecendo que a manifestação artística em prol ou contra quaisquer figuras políticas, desde que não haja pedido explícito de voto ou participação direta do beneficiado politicamente, não configura ato atentatório à Lei Eleitoral”, solicitaram os advogados no documento enviado ao TSE.