A sanha autoritária e ditatorial de Jair Bolsonaro não encontra limites, sejam legais ou mesmo do ridículo. Após as manifestações políticas de artistas como Pabllo Vittar, Marina e Emicida no festival de música Lollapalooza, às vezes até com xingamentos ao líder de extrema direita que governa o país e com palavras de apoio ao ex-presidente Lula, os advogados do PL, partido de Bolsonaro, pediram que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “use seu poder de polícia com urgência e impeça a continuação do evento” se os artistas continuarem se manifestando ideologicamente contra o político reacionário, mas para isso usaram como desculpa o direito eleitoral.
Num primeiro momento, alegando “propaganda eleitoral antecipada”, o séquito jurídico do presidente da República “interpretou” as ações da cantora Pabblo Vittar, que durante seu show fez gestos de apoio ao ex-presidente Lula (PT), que deve se candidatar à Presidência da República este ano e até o momento é o líder em todas as pesquisas de intenção de voto, como um ato “ilegal” e acionou a Justiça para pôr fim ao Lollapalooza.
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A tentativa aberta de impor censura a um evento cultural fez surgir uma forte onda de rejeição a Bolsonaro nas redes e internautas levantaram a hashtag #LULApalooza como contra-ataque à verve antidemocrática do chefe de Estado que levou os brasileiros de volta ao mapa da fome e arruinou com a economia e as condições de vida da população.
Veja o trecho do texto da ação impetrada pelos advogados do partido de Jair Bolsonaro que tenta censurar e suspender o festival musical Lollapalooza:
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“Ex positis, requer: a concessão de tutela de urgência, oficiando-se de imediato a organização do evento Lollapalooza, para que impeça a realização de qualquer tipo de propaganda eleitoral irregular – antecipada ou negativa – em favor ou desfavor de qualquer candidato, sob pena de multa pelo descumprimento, apuração do crime, e sem prejuízo de que a Justiça Eleitoral, em poder de polícia, impeça a continuação do evento.”