Emerson Ricardo Fiamenghi, suspeito de matar o advogado palmeireinse Celso Wanzo com um soco após a final do Mundial de Clubes da FIFA entre Palmeiras e Chelsea, se entregou à polícia neste domingo (13) após ser decretada a sua prisão preventiva.
Gerente administrativo e financeiro de uma empresa, Fiamenghi era síndico do prédio onde a vítima morava. Ele passou a gritar provocações na porta da residência de Wanzo por causa do resultado do jogo.
Segundo moradores do bairro, o acusado é corintiano e uma rixa entre os envolvidos já existiria há algum tempo. Wanzo saiu acompanhado de um amigo e foi tirar satisfação com o homem que berrava à sua porta, mas a confusão só piorou.
Testemunhas contam que Flamenghi desferiu um único soco no rosto do advogado palmeirense, que caiu no chão e começou a convulsionar imediatamente.
O amigo que acompanhava Wanzo teria se agarrado com o agressor para detê-lo e evitar mais violência, enquanto familiares e moradores vizinhos socorriam a vítima caída. Levado para Hospital de Base, o torcedor do Palmeiras chegou a ser atendido por médicos, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Emerson se entregou na Central de Flagrantes de Rio Preto e foi transferido para a delegacia da Deic. O suspeito deve ser levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) da cidade.
Preso pela segunda vez
O síndico já havia sido preso pela Polícia Militar no sábado (12), mas como a vítima não morreu instantaneamente, durante o registro da ocorrência o delegado arbitrou uma fiança pelo crime de lesão corporal, no valor de R$ 5 mil, para que o agressor pudesse voltar para casa, o que de fato ocorreu.
Após a morte da vítima no hospital, a Justiça decretou a prisão preventiva do suspeito. A juíza Gláucia Véspoli dos Santos Ramos de Oliveira entendeu que "tais fatos demonstram o alto grau de periculosidade e insensibilidade do autuado, o que impõe a prisão como necessária e adequada à garantia da ordem pública, insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão".
Na decisão, a juíza também pontuou que a vítima morreu em decorrência das lesões, com pena que varia de quatro a 12 anos de prisão, e o crime foi praticado por motivo fútil, o que impossibilita o arbitramento de fiança. Emerson responderá pelo crime de homicídio.
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