Não é só através de tentativa de contato com alienígenas, orações e pedidos por intervenção militar que os bolsonaristas passam o tempo nos atos golpistas em frente a quartéis pelo país. Em um desses atos, na cidade de Ponta Grossa (PR), teve até uma cerimônia de casamento.
Um casal que não aceita o resultado das eleições decidiu oficializar o matrimônio em um acampamento golpista em frente ao 5º Quartel General de Cavalaria Blindada da cidade paranaense. Com trajes característicos para a ocasião, eles trocaram alianças em meio a bandeiras do Brasil e discursos antidemocráticos.
A cerimônia inusitada contou até mesmo com crianças vestidas de "daminha de honra" e "pajem", além de tapete branco coberto por flores.
"Há mais de 37 dias fora de casa, dormindo em Barraca, servindo o povo na cozinha improvisada e buscando forças para continuar firmes, esse casal abdicou de sua vida particular para lutar por essa nação. Tinham casamento marcado para essa data, mas não abandonaram o compromisso de lutar pelo país, e decidiram fazer a cerimônia na praça", diz publicação do perfil do Instagram "Patriotas Ponta Grossa", que divulgou imagens do "evento".
Confira
Apesar do fato soar engraçado, este tipo de ato é ilegal e está na mira da Justiça. O movimento, composto por bolsonaristas que não aceitam o resultado das urnas, já foi classificado por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como criminoso. O magistrado, nesta quarta-feira (8), chegou a afastar do cargo um prefeito por ter incentivado e participado de atos antidemocráticos.
