José Ribeiro da Silva, de 62 anos, estava internado no Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu (GO), para tratamento de um câncer na língua. Na terça-feira (28), seus parentes foram informados de que ele tinha falecido. Tiveram início, então, os procedimentos para mandar seu corpo para a cidade de Rialma (GO), sua terra natal, onde seria sepultado.
Silva foi colocado num saco plástico de transporte de cadáver e percorreu 100 km até chegar na cidade paranaense, mas ao dar entrada na funerária que faria o serviço de velório e sepultamento os funcionários constataram, ao abrirem o zíper da bolsa fúnebre, que ele estava vivo, de olhos bem abertos e com dificuldades para respirar.
Apavorados, os trabalhadores da funerária acionaram os familiares do homem e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que levou Silva imediatamente para o Hospital Municipal de Rialma. A família contou que foi acionada pela unidade de saúde onde o erro absurdo foi cometido, ainda cedo, e que compareceu ao local para receber a notícia da morte do parente, dada por uma assistente social e um médico. No entanto, eles não conferiram o “corpo” e apenas realizaram o transporte para o município de origem da família.
Diante do erro crasso, o HCN emitiu uma nota informando o médico que atestou o óbito que não havia ocorrido foi afastado da unidade, relatando ainda que o hospital encaminhou o diretor técnico do HCN para Rialma para seguir acompanhando o caso de Silva, que permanece internado.
Revoltados com o caso, familiares do paciente registraram um boletim de ocorrência e a Polícia Civil de Goiás que deve agora investigar o lamentável episódio.