Os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que insistem em contestar o resultado das urnas, quase um mês após o segundo turno das eleições, se mobilizam para utilizar o Dia do Evangélico, celebrado no dia 30 de novembro, para encampar mais atos golpistas.
No Distrito Federal e em alguns municípios, é feriado no dia 30 de novembro e, por isso, bolsonaristas que vêm acampando em frente ao Quartel General do Exército em Brasília pretendem aproveitar para intensificar os pedidos por um golpe e uma intervenção militar contra o resultado eleitoral.
O governo do DF, inclusive, instalou placas de concreto nas proximidades do Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional para conter os atos antidemocráticos.
Por uma ironia do destino, o Dia do Evangélico, que marca celebrações da religião praticada pela maior base do eleitorado de Bolsonaro, foi instituído pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2010.
Lula criou a data de celebração evangélica
O Dia do Evangélico, celebrado anualmente em 30 de novembro, foi criado para homenagear as pessoas que praticam a religião evangélica, independente da vertente.
A data está prevista na lei 12.328, que foi aprovada pela Câmara dos Deputados e sancionada pelo então presidente Lula em setembro de 2010.
Além da criação do Dia do Evangélico, Lula sancionou, em 2003, a lei 10.825, que reconheceu as organizações religiosas como instituições privadas, proibindo qualquer tipo de intromissão por parte do Estado, criando assim liberdade de organização e estruturação de igrejas.
O presidente eleito, em mais uma política voltada aos evangélicos, também instituiu o Dia Nacional da Marcha para Jesus e o Dia Nacional da Proclamação do Evangelho.