Acostumado a vestir uniformes de vários clubes brasileiros, Jair Bolsonaro (PL) usou uma camisa do tradicional time paulistano Clube Atlético Juventus, durante coletiva, nesta quarta-feira (5), ao anunciar que estava recebendo alta hospitalar. O gesto provocou reação nas redes sociais.
A conselheira do clube do bairro da Mooca, em São Paulo, Eloísa Machado, demonstrou indignação.
“Como conselheira do Juventus, repudio o uso da camisa pelo presidente Jair Bolsonaro, acusado de crimes na justiça nacional e internacional, símbolo de erosão democrática e pobreza moral”, postou Eloísa, no Twitter.
Bolsonaro diz que não houve “armação” em facada
Confirmando que quer resgatar o atentado cometido por Adélio Bispo durante a campanha de 2018 para o debate eleitoral, Bolsonaro (PL) tocou no tema sem ser indagado logo após receber alta médica em entrevista antes de deixar o hospital Vila Nova Star, em São Paulo, na manhã desta quarta (5).
“O pessoal tem dúvida, né? Alguns dizem que seria uma armação da minha parte… deixar bem claro aí. A faca entrou. Na hora lá, alguns dizem: não sangrou. Uma facada nessa região não sangra porque tudo vai pra dentro, né doutor?”, disse, olhando para o médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo, que o acompanha desde o atentado.
Em seguida, Bolsonaro confirmou que interrompeu as férias para se internar – “eu não queria estar aqui, estava previsto na terça-feira (4) voltar para Brasília” – e retomou o assunto, ao negar que está se “vitimizando”.
“Agora querer [inaudível] para a politização, dizendo que estou me vitimizando… Tá de brincadeira comigo, né? Doutor Macedo tem sua honra e eu tenho a minha, nós temos muito a zelar. Eu fui um candidato pobre, paupérrimo. Se eu quisesse armar em cima do hospital Alberto (SIC) Einstein, em cima do hospital de Juiz de Fora… Pelo amor de Deus”, disse.