O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub voltou à mira do Supremo Tribunal Federal (STF) após fazer novas acusações contra um ministro da corte, ainda que sem apresentar qualquer prova. Alexandre de Moraes determinou a instauração de outra investigação preliminar para apurar a conduta do bolsonarista que ficou famoso por seus erros ortográficos e precário intelecto.
Durante uma entrevista ao podcast Inteligência Ltda, na qual já havia confirmado que o presidente Jair Bolsonaro recebeu informações privilegiadas da Polícia Federal sobre investigações envolvendo seu filho Flávio, Weintraub contou uma história envolvendo um suposto ministro do STF, não identificado por ele. Esse magistrado do Supremo teria ido ao condomínio fechado onde o ex-chefe da Educação tem casa e teria tentado adquirir seu imóvel, que não está à venda, apenas para provocá-lo.
“Eu vou contar um outro detalhe picante. Moro numa casa, num condomínio fechado, uma casa boa. Um juiz do STF estava procurando casa na região, dentro do condomínio. Viu a minha casa e falou: ‘Pô, casa bonita, hein, de quem é?’ Falaram: ‘Abraham Weintraub’, aí ele ‘Pergunta para ele se não quer vender para mim’... ‘Não tá a venda’... ‘Pergunta se quer vender para mim, já que ele não vai mais voltar ao Brasil’”, disse Weintraub, simulando um suposto diálogo, para depois dizer que aquilo era um absurdo e um ato de perseguição e intimidação, com a dramatização macarrônica habitual de suas falas.
A narrativa, aparentemente absurda e nem um pouco verossímil, por uma série de fatos, como a imprecisão e a simplicidade das tratativas que envolveriam uma alta autoridade da República, chegou ao conhecimento do STF e Alexandre de Moraes determinou, então, que a acusação seja investigada e que Weintraub apresente provas do que diz.
O fato é que Abraham Weintraub nunca teve prisão decretada pela Justiça. O ex-ministro saiu do Brasil fugindo de uma possível detenção por conta do inquérito das fake news, que envolve seu nome, e após fazer ameaças a integrantes do Supremo durante uma reunião ministerial com Jair Bolsonaro, chamando os magistrados inclusive de vagabundos.
Após o episódio e com medo de ser enquadrado por seus atos, o descompensado extremista com pose de intelectual arranjou um cargo no Banco Mundial por intermédio do governo Bolsonaro, com salário altíssimo, e foi viver nos EUA, de onde seguiu proferindo seus impropérios radicais.