O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, informou que testou positivo para Covid-19 neste domingo (26). A confirmação foi postada em seu perfil oficial no Twitter. Guimarães falou ainda que está sem sintomas e que cumprirá quarentena.
Ele é quatro integrante da comitiva do presidente Jair Bolsonaro que foi esta semana à Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, que testou positivo para a doença provocada pelo Sars-Cov-2. Antes de Guimarães, um diplomata não identificado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ocupante do Planalto, já haviam sido diagnosticados com Covid.
A visita de Bolsonaro à ONU e seu discurso na Assembleia Geral do órgão foram marcados por uma série de vexames, além do habitual discurso negacionista. Por não ter se vacinado, o presidente brasileiro não pôde entrar em restaurantes da metrópole norte-americana e precisou comer pizza com as mãos na calçada de uma rede de fast-food, junto com sua comitiva.
O séquito palaciano do líder ultrarradical também foi obrigado a almoçar churrasco num cercadinho montado com panos e pedaços de pau do lado de fora de um restaurante de origem brasileira, na via pública, já que os rígidos protocolos sanitários novaiorquinos não permitem a presença de pessoas não imunizadas em estabelecimentos do tipo.
Mas o papelão e a vergonha alheia não pararam por aí. No discurso de abertura da 76ª Assembleia Geral da ONU, Jair Bolsonaro falou sobre “livrar o Brasil do socialismo”, “ditadura bolivariana”, “tratamento precoce”, “medidas que asseguram o barateamento dos alimentos”, entre outros despropósitos dignos de uma realidade paralela.
O mandatário afirmou ainda que dobrou o efetivo de órgãos ambientais, que deu US$ 800 de auxílio emergencial e repetiu a velha cantilena de atacar governadores e prefeitos, culpando-os pelo desastre econômico do país, devastado pelas ações irresponsáveis de seu governo.
Em duas situações extremamente constrangedoras, Bolsonaro foi advertido por políticos estrangeiros. Num encontro com o premiê britânico Boris Johnson, o presidente do Brasil precisou ouvir o conselho para se vacinar. Depois, escutou do prefeito de Nova York, Bill De Blasio, que quem visita a cidade administrada por ele deve ter a responsabilidade de se vacinar, ou então não seria bem-vindo.