Vídeo: “Manter o Paulo preso, passando pela vontade do STJ, é insanidade”, diz Géssica

A esposa de Galo está indignada com a situação do marido: “Então, o povo vai ter que ir pra rua mostrar que está do lado do Paulo?”, questionou

Géssica Barbosa, esposa de Galo - Foto: Reprodução/Twitter Ponte Jornalismo
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Géssica Silva Barbosa, esposa do líder dos entregadores de aplicativos, Paulo Galo, demonstrou toda sua indignação, nesta quinta-feira (5). Ela se dirigiu ao 11º Distrito Policial de Santo Amaro, em São Paulo, para receber o marido, mas, até o momento, a juíza Gabriela Bertoli não autorização a libertação do ativista, preso por envolvimento no incêndio da estátua de Borba Gato.

“Já me prenderam na minha casa, com a minha filha, passei duas noites sem ter nada a ver, e vão continuar prendendo o meu esposo? Não tem jeito, o povo vai ter que ir pra rua soltar a voz, porque desse jeito não dá”, disse, em entrevista postado nas redes da Ponte Jornalismo.

“Eu não consigo entender. Manter o Paulo preso, passando pela vontade do STJ é insanidade. Então, o povo vai ter que ir pra rua mostrar que está do lado do Paulo?”, questionou.

Géssica contou que foi até o distrito confiante até receber a notícia que ainda estão mantendo seu marido preso.

“Eu não aceito isso. Já fui detida, presa, sem ter nada a ver, estava em casa com a minha filha, tenho provas. Mesmo assim, fui detida. Vão manter o Paulo até quando? O nosso sistema judiciário é falho, nasceu para oprimir a gente. Acho que está na hora da população entender e escancarar a voz. Todo mundo que ama o Paulo está muito apreensivo neste momento. É uma prisão política”, acrescentou.

Desabafo

Géssica disse, ainda, que o povo não tem que ser lembrado apenas de quatro em quatro anos nas urnas. “A gente também tem que ter direito de opinar. Então, vai escancarar várias estátuas, várias homenagens, sem as pessoas saberem a real história. Mas é mais fácil idolatrar quem na sua história foi cruel do que pegar quem, realmente, teve um patamar foda”.

“Tiraram a gente das senzalas e jogaram a gente na rua. Da rua, para o cortiço, que hoje é favela. Eles entram na favela e batem, fazem tudo que eles querem. Eu, como esposa, estou indignada”, finalizou.

Sem garantias

A libertação de Galo estava prevista para esta quinta-feira (5), às 18 horas. Mesmo que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tenha revogado a prisão temporária do ativista, até o momento a juíza Gabriela Bertoli não garantiu a soltura.

“Estão fazendo de tudo para adiar a saída do Galo. Não decretaram a prisão preventiva ainda. Mas o delegado já pediu”, afirmou André Lozano, um dos advogados do ativista.

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