Como era esperado, o plenário do Senado Federal ratificou, nesta terça-feira (24), decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e aprovou a recondução de Augusto Aras ao cargo de Procurador-Geral da República (PGR). O resultado foi 55 votos favoráveis, dez contrários e uma abstenção.
Para ser aprovado, Aras necessitava de, ao menos, 41 votos em seu favor, dos 81 senadores, o que corresponde à maioria absoluta.
O Senado vai encaminhar um comunicado ao presidente da República, Jair Bolsonaro, para que assine a nomeação.
Após seis horas de sabatina na CCJ, antes da votação em plenário, Aras havia sido aprovado por 21 votos a 6.
Na oportunidade, o PGR foi questionado a respeito de inúmeros temas, como CPI do Genocídio, omissões referentes a atos de Bolsonaro, Lava Jato, prisões do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) e do presidente do PTB, Roberto Jefferson, entre outros assuntos.
Aras vem sendo duramente criticado pela oposição por proteger Bolsonaro e aliados. Em depoimento à CCJ, ele negou que esteja alinhado ao governo federal, embora na prática não é isso que pareça.
Indicação
Aras foi indicado para a PGR pela primeira vez em 2019 por Bolsonaro. Na oportunidade, o nome dele não estava entre os três mais votados da lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
Em julho de 2021, Bolsonaro indicou Aras para um novo mandato à frente da PGR. Novamente, a lista tríplice da ANPR foi ignorada pelo presidente da República. Conforme prevê a Constituição, cabe ao Senado sabatinar e votar os indicados para a chefia do MP.
Com informações do Metrópoles