A Jovem Pan respondeu nesta segunda-feira (2) ao pedido da CPI da Covid, que pediu a quebra do sigilo bancário da emissora, pois, suspeita que a rádio recebeu dinheiro público para disseminar fake News e teses negacionistas.
Narrado pelo jornalista Joseval Peixot, a Jovem Pan classifica o pedido da Comissão é “injustificável.
“Pedidos do gênero são injustificáveis. Os balanços da Jovem Pan são publicados anualmente no Diário Oficial, mas, para que não restem dúvidas quanto a transparência do comportamento da emissora, republicamos os balanços da emissora em nosso site”, diz o comunicado.
Em seguida, a rádio afirma que todo o dinheiro que recebe do governo está no Portal da Transparência.
“As verbas governamentais podem ser conferidas no site. Estranhamente o requerimento estabelece que as investigações sejam feitas a partir do ano de 2018. Segundo o documento, o que justificou a sua criação, a Comissão foi criada com o objetivo de "apurar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Brasil".
Em outro momento, a Jovem Pan ataca o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e afirma que o pedido do senador não está no escopo da CPI.
“Como se sabe, a Organização Mundial de Saúde (OMS) oficializou a existência de uma pandemia em março de 2020. A acusação de Calheiros não se enquadra no fato determinado para a criação da CPI. Diferentemente do que afirma Calheiros, a história da Jovem Pan comprova que, ao longo de seus 77 anos de existência a empresa jamais disseminou fake news. Os profissionais da emissora divulgam fatos e os analisam segundo diferentes pontos de vistas. O autor do pedido não especifica quais profissionais disseminaram notícias mentirosas e em quais programas isso teria ocorrido”.
Por fim, o comunicado da Jovem Pan afirma que se trata de uma “acusação genérica”.
“Fica claro, portanto, que se trata de uma acusação genérica, que tem por única finalidade cercear a liberdade de imprensa no Brasil”.