Josué Gomes da Silva, filho de José Alencar e um dos nomes favoritos de Lula para ser o seu vice em 2022, foi eleito com 97% dos votos, nesta segunda-feira (5), o novo presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). O mandato de Gomes começa no dia 1º de janeiro de 2022 e irá até 31 de dezembro de 2025.
Além do cargo da presidência, a nova diretoria da Fiesp será composta pelo empresário Rafael Cervone (1ª vice-presidente), Dan Ioschpe (2º vice-presidente) e Marcelo Campos Ometto (3º vice-presidente).
Paulo Skaf, que usou a Fiesp para apoiar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT), segue no cargo até o dia 31 de dezembro deste ano. "Ele está eleito e terá o apoio expressivo dos industriais, o que se verificou na apuração. E as entidades estarão em boas mãos, de um empresário que tem seriedade, competência e força", disse Skaf.
Por sua vez, Josué Gomes afirmou que está "honrado" por ter recebido tantos votos (97%). "Isso aumenta a responsabilidade, pois suceder a Paulo Skaf é um desafio enorme, especialmente neste momento em que, pela primeira vez em décadas, a indústria de transformação apresentou participação no PIB um pouco inferior à do setor agropecuário", declarou o novo presidente da Fiesp.
A eleição de Josué Gomes da Silva pode ser lida como mais uma vitória recente do ex-presidente Lula, que já declarou por mais de uma vez que gostaria de repetir a chapa que teve com o pai Josué, o empresário e fundador da Coteminas José Alencar, que faleceu em 2011 vítima de um câncer e foi vice do ex-presidente Lula nos dois mandatos do petista.
O nome de Josué Gomes chegou a ser cogitado para ser vice da então candidata Dilma Rousseff, em 2010, mas, à época optou-se pelo nome de Michel Temer. Posteriormente, o nome de Josué Gomes voltou a ser cogitado na eleição de 2018 para ser vice de Lula.
À época da eleição na Fiesp, Josué Gomes da Silva chegou a divulgar um vídeo onde negava que seria vice de Lula nas eleições de 2022 e afirmou que se dedicaria integralmente à condução da Fiesp e de sua empresa. Também disso que se tratava de calúnias de pessoas contrárias ao seu nome no comando da entidade paulista.