Lula questiona prisão de Paulo Galo e relembra: mandante do assassinato de Marielle ainda está solto

Ex-presidente considera "impressionante" o Estado prender quem queima estátua e não ter conseguido localizar autores de atentados

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O ex-presidente Lula, por meio de postagem nas redes sociais nesta quarta-feira (28), questionou a prisão do ativista paulistano Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Paulo Galo.

Fundador do grupo Entregadores Antifascistas, Galo teve decretada prisão provisória por cinco dias após se apresentar ao 11º Distrito Policial de Santo Amaro, em São Paulo, na manhã desta quarta. A delegacia investiga a participação de Galo no incêndio da estátua de Borba Gato, no sábado (24).

Em sua postagem, Lula relembrou que autores de atentados notórios seguem soltos.

"É de se impressionar a rapidez com que o Estado manda prender alguém por queimar uma estátua, mas até hoje não conseguiu descobrir quem lançou uma bomba no Instituto Lula, quem atirou contra o ônibus da caravana e quem mandou matar Marielle Franco", escreveu o ex-presidente.

https://twitter.com/LulaOficial/status/1420456122062974984

Prisão

O entregador de aplicativos e ativista paulistano, Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Paulo Galo, teve decretada prisão provisória por cinco dias, nesta quarta-feira (28), de forma arbitrária, após se apresentar ao 11º Distrito Policial de Santo Amaro, em São Paulo. A delegacia investiga o incêndio da estátua de Borba Gato, no sábado (24).

A companheira de Galo, Gessica, também foi presa por envolvimento no ato. Ambos têm uma filha de três anos. Além disso, foi expedido mandado de busca e apreensão na casa do ativista.

O mandado para a residência do ativista havia sido expedido para o local errado e ele apresentou seu endereço correto, autorizando e possibilitando a entrada em sua residência para possíveis buscas.

Ao chegar à delegacia, para se apresentar espontaneamente, Galo falou rapidamente à imprensa.

“Sou integrante da Revolução Periférica. O ato que foi feito no Borba Gato foi para abrir um debate. Em nenhum momento aquele ato foi feito para machucar alguém ou querer causar pânico na sociedade”, explicou.

“Aquele ato foi feito para abrir um debate e o debate foi aberto. Aqueles que dizem que tem de fazer pelas vias democráticas, a gente buscou fazer isso: abrir o debate. Que esse debate ocorra para que as pessoas possam decidir se querem estátua de 13 metros de altura, que homenageia um genocida e um abusador de mulheres”, acrescentou Galo.