Considerado um dos principais nomes da filosofia brasileira, José Arthur Giannotti morreu nesta terça-feira (27), aos 91 anos, em São Paulo. Ele era professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).
A informação foi confirmada pelo presidente do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), Marcos Nobre, e pela Editora Companhia das Letras.
“É com imensa tristeza que o Cebrap recebe a notícia do falecimento de um de seus fundadores, o prof. José Arthur Giannotti. Aos familiares e amigos que tiveram o privilégio de conviver com Giannotti, um dos maiores intelectuais brasileiros, nossas sinceras condolências”, diz nota.
Nascido em São Carlos (SP) em 25 de fevereiro de 1930, Giannotti se mudou aos 9 anos para a capital paulista com seus dois irmãos, sua mãe e seu pai.
Em abril de 1969, ele e muitos outros professores da USP são aposentados compulsoriamente com base no regime de exceção vigente a partir do Ato Institucional nº 5, de dezembro de 1968.
O filósofo se dedicou, especialmente, ao estudo de autores como Karl Marx, Martin Heidegger e Ludwig Wittgenstein.
Principais obras
Entre seus livros publicados, estão “Origens da dialética do trabalho: estudo sobre a lógica do jovem Marx”, tese de livre-docência defendida em 1966 e publicada em 1985; e “Trabalho e reflexão: ensaios para uma dialética da sociabilidade”, de 1983.
Aos 90 anos, Giannotti lançou a obra “Heidegger/Wittgenstein: confrontos”, considerada por ele seu melhor livro.
Com informações de O Globo e Folha de S.Paulo