O entregador de aplicativos e ativista paulistano, Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Paulo Galo, deve se apresentar, nesta quarta-feira (28), ao 11º Distrito Policial de Santo Amaro, em São Paulo. A delegacia investiga o incêndio da estátua de Borba Gato, neste sábado (24).
Galo, fundador do Movimento dos Entregadores Antifascistas, está sendo investigado por supostamente participar do ato, de acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo. Ele é integrante do movimento Revolução Periférica.
“Ele vai se apresentar e dar a versão dele dos fatos, bem como explicar suas motivações”, declarou o advogado André Lozano Andrade.
A polícia havia indiciado Thiago Viera Zem, proprietário do caminhão usado para o transporte das pessoas até o local onde ficava a estátua.
A petição elaborada pela defesa de Paulo Galo informa que o ativista está disposto a colaborar com as investigações e que já tem conhecimento da existência de representação pela expedição de um mandado de prisão contra ele.
Os advogados querem ter acesso ao inquérito para exercer o direito de defesa. Além disso, afirmam que, mesmo ciente do risco de prisão, o entregador “não irá se furtar de seu dever cívico frente à autoridade policial e o poder Judiciário”.
A ação
Um grupo composto por cerca de 20 manifestantes incendiou a estátua de Borba Gato que fica em Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo, na tarde de sábado (24).
O monumento, obra de Júlio Guerra inaugurada em 1963, já foi alvo de outros protestos no passado, como um banho de tinta em 2016.
O motivo é o fato da estátua representar uma homenagem àquele que foi um bandeirante do século 18 que perseguia, assassinava e estuprava indígenas.
Enquanto a estátua ardia em chamas, os manifestantes aplaudiam.