Ao tentar defender um morador de rua que era agredido por policiais, o advogado Orcélio Ferreira Silvério Júnior foi algemado por policiais do Grupamento de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro), braço do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Goiás.
Após ser algemado e imobilizado, Orcélio é agredido com tapas na cara por um dos policiais.
A revista Fórum entrou em contato com o advogado que, muito abalado, afirmou que ainda não consegue falar sobre o que aconteceu.
"Eu não estou em condições da falar nesse momento, estou abalado psicologicamente", disse o advogado.
Apesar do seu estado emocional, ele afirmou que vai seguir com a luta. "Mas eu estou firme, eu vou colocar o meu terno e vou continuar a luta".
Além disso, Orcélio revelou que está "morrendo de vergonha por tudo o que aconteceu, da minha família, dos meus amigos".
Posteriormente, ele enfatizou que "atrás do terno tem um ser humano" e afirmou que precisa de um tempo para se recompor.
OAB-GO fará desagravo público em repúdio às agressões sofridas por Orcélio
A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO) emitiu uma nota onde afirma que fará um desagravo público em repúdio às agressões sofridas pelo advogado Orcélio Ferreira Silvério Júnior.
“Tudo que estiver ao alcance da OAB-GO será feito para que haja a punição exemplar e para que situações como essa não se repitam nem com a advocacia e nem com a cidadania”, declarou Lúcio Flávio, presidente da OAB-GO.
Além disso, o presidente da AOB-GO esteve na Central de Flagrantes para prestar assistência ao advogado, durante exame de corpo de delito.
A OAB-GO oficiou à Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás, ao Comando da PM-GO, à Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Goiás, e à Promotoria de Justiça responsável pelo Controle Externo da Atividade Policial, exigindo o imediato afastamento dos responsáveis pela agressão.