Wadih Damous, ex-deputado federal e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ), usou as redes sociais, neste sábado (5), para pedir o afastamento preventivo de Marcelo Bretas, juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro.
“Marcelo Bretas condenou o ex-governador Pezão a uma pena de 98 anos e 11 meses de prisão. É uma pena estratosférica. Depois das denúncias contra o juiz bombadão, condenações como essa estarão sob suspeita. O juiz fuzileiro deveria ser afastado de suas funções preventivamente”, postou Damous.
O afastamento, na avaliação do ex-parlamentar, se deve ao surgimento de denúncias de que o juiz fazia parte de um esquema de negociação de penas.
A rigorosa sentença de Bretas contra o ex-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, de 98 anos, 11 meses e 11 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva, dada nesta sexta-feira (4), foi interpretada como um movimento para tirar o foco do volumoso cipoal de denúncias contra o magistrado posto a público a partir da delação do advogado Nythalmar Ferreira.
Policial, promotor e juiz
Segundo o advogado, Bretas está longe de ser um juiz imparcial e “se comporta como policial, promotor e juiz ao mesmo tempo: negocia penas, orienta advogados, investiga, combina estratégias com o Ministério Público, direciona acordos, pressiona investigados, manobra processos e já tentou até influenciar eleições, mas claro, tudo à margem da lei”.